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Opinião|De nada adiantou ter o estádio de volta: esse elenco do Palmeiras maltrata o torcedor

Felipe Menezes não tem condições de vestir a camisa do time; Wesley pensa que é um craque e Henrique devia ser canonizado: é um milagre do futebol ter marcado 15 gols

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Foto do author Robson Morelli
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O presidente Paulo Nobre jura de pés juntos que tirou do bolso mais de R$ 100 milhões para ajudar o Palmeiras. Imagino que esse dinheiro não tenha ido para o futebol. Com R$ 100 milhões qualquer juvenil no comando de um clube monta um time mais competitivo que esse do Palmeiras, que perdeu as últimas três partidas no Campeonato Brasileiro, para Atlético-MG, São Paulo e Sport, e voltou a correr sérios riscos de rebaixamento. O time estaciona nos 39 pontos após a derrota por 2 a 0 para o Sport e agora terá de roubar pontuação de Coritiba (fora) e Inter (fora) , antes da última rodada, em casa, contra o Atlético-PR. As pernas de muitos jogadores de agora em diante vão tremer feito vara verde. De quebra, tem sua nova Arena batizada negativamente, com gols de Ananias e Patric, nessa ordem. Então, é de Ananias o primeiro gol na Arena Palmeiras.

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Perder é do jogo. Ocorre que esse time é muito ruim. Ruim demais. Os jogadores não conseguem acertar passes de meio metro. Felipe Menezes não tem condições de usar a camisa do Palmeiras. Não deveria ter o direito de pisar no novo estádio. Wesley é indolente. Se vê como um craque que não é nem nunca foi. Henrique é a maior prova que milagres existem no futebol. Ele marcou 15 gols neste Nacional, e ainda é o artilheiro da competição.

O resto dos jogadores,  é isso mesmo: resto. Um bando de caras que se fosse em outras épocas jamais conseguiria passar numa peneira. Os responsáveis por montar um time como esse precisam dar explicações, aparecer, pedrir perdão até. O presidente tem de mostrar como investiu R$ 100 milhões em nada. Como disse, perder, ganhar, é do jogo. Mas perder sem vibrar, sem dar um chute ao gol, sem mostrar vontade, sem jogar com inteligência, é demais para mim e imagino que para o torcedor também.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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