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Opinião|Grêmio prepara oferta para tirar Cássio do Corinthians

Uma giro pela tabela do Brasileiro, com o Inter na ponta e com os três mineiros na Z-4

Foto do author Robson Morelli
Atualização:

O Grêmio ainda não desistiu de ter Cássio no seu gol. O clube gaúcho prepara oferta pelo goleiro do Corinthians antes que ele complete sete partidas no Brasileiro. O Nacional vai para sua 9ª rodada. O problema é que o Grêmio não tem dinheiro para loucuras, e não tem dinheiro para quase nada, e a negociação envolveria o repasse de jogadores, a exemplo do que o time de Porto Alegre fez lá atrás com o Palmeiras.

Ao Corinthians isso deve interessar bem pouco. Mas tudo vai depender de dois pontos básicos: o primeiro é o desejo de Cássio, que, antes de Tite sair do clube, já havia ido para o banco de reservas. Ele quase foi para a Turquia e agora pode olhar para o Grêmio com bons olhos, como um novo ciclo. O segundo ponto é saber o que pensa sobre o goleiro o novo treinador escolhido pelo Corinthians. O clube tenta achar no mercado um profissional que se aproxime mais das bases, das revelações, dos garotos, a exemplo do trabalho de Dorival Jr. no Santos. Tanto é assim que Dorival era um dos preferidos do presidente Roberto de Andrade. Com Walter machucado (ele deixou o campo na derrota para o Fluminense), Cássio retoma a posição , de modo que o Grêmio teria então de trabalhar com mais agilidade.

 Foto: Estadão

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UM GIRO PELA TABELA Depois de oito rodadas, o Campeonato Brasileiro 'fala' 'gauchês' e 'paulistês'. Dos seis primeiros colocados, há dois times do Rio Grande do Sul e quatro de São Paulo, o que mostra neste começo de competição (1/4) a supremacia dos dois estados no futebol nacional. O Inter, de Argel, lidera com 19 pontos. Isolado na ponta, com seis vitórias, algumas delas por placar magro, mas com boas atuações de Sasha e Vitinho, os homens-gols da equipe. O outro time de Porto Alegre, o Grêmio, ocupa a terceira posição, e só não está na cola do rival Colorado porque o Palmeiras se coloca entre ambos. O Grêmio deu uma derrapada depois do fracasso na Libertadores, mas já se recuperou e tomou o caminho das boas apresentações. Tem 15 pontos, com quatro vitórias. Roger Machado recuperou o grupo e continua um dos treinadores mais reverenciados do momento. O Corinthians andou sondando o técnico para a vaga de Tite, o que o presidente Andrade nega.

Nessa mesma pegada estão Palmeiras, Santos, São Paulo e Corinthians, que perdeu na quinta para o Fluminense, em Brasília, por 1 a 0, na primeira partida sem Tite, agora da seleção. O Palmeiras tem 16 pontos e ocupa a segunda colocação. Com 5 vitórias, faz campanha mais sólida, apesar de algumas bobeadas, como o empate cedido no fim do jogo contra o Coritiba, aos 49 minutos. Santos é quarto, com 13 pontos. Mesmo sem Lucas Limas e Gabriel por algumas rodadas (estavam na Copa América dos EUA), o time da Baixada somou pontos importantes e agora, com eles de volta, emplaca três vitórias seguidas. Com o mesmo número de pontos (13), Corinthians e São Paulo não deixam a peteca cair. O time do Parque São Jorge terá dias mais duros sem Tite. Precisa contratar e se acertar. O São Paulo perdeu jogadores importantes para DM e seleção, mas também manteve-se na briga. A diferença do time do Morumbi é que ele ainda está vivo na Libertadores.

MINAS A surpresa até esse momento é ver os três de Minas Gerais na parte de baixo da classificação. O Atlético é 18º colocado. O Cruzeiro ocupa a 17ª posição. E o América está em último. A campanha do América, recém-chegado da Série B, todos sabiam, seria difícil. O clube 'ajudou' ao trocar de técnicos na temporada. É candidato a cair. Da mesma forma, o Cruzeiro demorou para demitir Deivid e para contratar outro treinador, o português Paulo Bento. Isso tem um preço. Está pagando, apesar do elenco razoável. Surpresa maior, porém, é ver o Atlético no Z-4. O time era apontado como um dos melhores do Brasil. Não é mais. A saída de Aguirre bagunçou tudo. A eliminação na Libertadores também. Jogadores agora brigam em campo. Marcelo Oliveira está no comando há sete partidas sem vencer. São três derrotas e quatro empates. Até dois anos atrás, Minas mandava no futebol nacional.

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Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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