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Opinião|O teste contra o Panamá valeu para se tirar algumas conclusões sobre a seleção brasileira

Direto de Goiânia

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Foto do author Robson Morelli
Atualização:

Esqueça os 4 a 0 que a seleção brasileira aplicou no Panamá. Pense nas dificuldades que o time de Felipão encontrou nos 20 minutos iniciais e na apresentação de alguns jogadores de quem se esperava muito mais. A conclusão é óbvia: o Brasil ainda não está pronto para a Copa do Mundo. E olha que o Panamá, enquanto se postou em campo, com duas linhas de marcação, a primeira de cinco jogadores no meio de campo e a segunda com quatro defensores, foi um time chato para o Brasil.

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Tente fazer o exercício de tirar Neymar do jogo e veja o que sobra. Nada ou muito pouco. Então, a segunda conclusão após essa partida é que Felipão terá muito trabalho até o dia 12 de junho, quando o Brasil abre a Copa do Mundo em São Paulo. Ele sabe disso porque também não gostou do que viu no Serra Dourada, e o resultado num trabalho de preparação é o que menos importa. O Panamá, diga-se, atacou com a qualidade dos panamenhos, pouca, até porque o time não está na Copa. Então, a terceira conclusão é que a seleção brasileira não sofreu com nada e Julio Cesar foi um mero repositor de bola em jogo, a não ser por uma defesa em que se recuperou após escorregar na área.

Tudo então está ruim e o Brasil não tem a menor chance de ganhar a Copa? Não. Não é isso. Longe disso. Mas o próprio Felipão esperava conseguir recuperar o entrosamento e a forma de jogar daquele Brasil da Copa das Confederações mais cedo, mais rápido. E descobriu que ainda falta muito. Há outras variantes que precisam ser analisadas, como o medo do jogador de se machucar e ficar fora da competição, o fim desgastante de uma temporada na Europa, a ansiedade de encarar a torcida numa Copa dentro de casa... Enfim, foi apenas o primeiro amistoso de preparação.

Na sexta, contra a Sérvia, voltam ao time o zagueiro Thiago Silva e o volante Paulinho. Já muda um pouco. Mas o que Felipão quer mesmo é mais 'compromisso' de Oscar, Hulk, Marcelo, Daniel Alves... Desse modo, a seleção terá mais opções e não ficará refém de Neymar, embora, felizmente para o torcedor, Neymar é brasileiro.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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