Esta foi a maneira encontrada pela diretoria do clube para passar por cima da quebra da invencibilidade do time na temporada sem conflitos. A derrota para o Vitória por 1 a 0 em casa, sábado, fechou uma marca na história do elenco corintiano neste ano: 34 jogos invictos. A somatória continuaria e a homenagem seria a mesma com 35, 36, 37, 38 partidas. Parou nas 34. O que é de bom tamanho, diga-se. Com o empate do Grêmio na rodada, a diferença entre o líder do Brasileiro e o segundo colocado é de sete pontos, e um jogo a menos, uma vez que o Corinthians ainda precisa jogar compromisso adiado com a Chapecoense.
Não há ninguém no Corinthians preocupado com a nova situação do time (ser derrotado no Nacional). Amigos corintianos com quem estive no fim de semana, no sagrado futebol aos domingos de manhã, até ironizaram a derrota, 'questionando' o trabalho do técnico Fábio Carille. Nada disso. O homem é forte e sabe o que está fazendo. Se tivesse de explicar a derrota com uma frase, diria que 'a bola não entrou'. O Corinthians foi mais time, embora não se possa tirar os méritos do Vitória, que soube marcar e sair para o contra-ataque, mas sobretudo se posicionar em seu campo, dez metros atrás da linha divisória do meio e sem deixar brechas para as penetrações dos corintianos, tampouco para as escapadas e as jogadas de pivô de Jô.
De fato não há com o que se preocupar, a não ser que o time perca a segunda consecutiva. O próximo jogo é contra a Chapecoense. Na tabela, se isso acontecer, nada vai acontecer a não ser perder a enorme vantagem que o time tem para os concorrentes. Mas vão falar e isso pode ter algum efeito no elenco. Não afirmo que terá, mas que pode ter. Vale lembrar que lá atrás, quando o Corinthians já apontava na liderança da competição, em algumas rodadas sua vantagem era pequena, mínima até, de apenas um ponto. Tenho dito que as partidas ficarão mais duras para o Corinthians porque os rivais vão atuar mais compactados nesse returno e também porque alguns vão aprender a marcar e anular os corintianos, principalmente pelas pontas.