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Opinião|Palmeiras e Flamengo apostam alto na Libertadores deste ano

Equipes vão atrás do segundo caneco da competição. Relembre os esquadrões de suas primeiras conquistas, o Palmeiras em 1999 e o Fla em 1981

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Foto do author Robson Morelli
Atualização:

Palmeiras e Flamengo são os dois brasileiros com mais chances de se dar bem na Libertadores. É o que acho. Colocaria o Atlético-MG nesta corrida também, mas um degrau abaixo, embora no futebol essa diferença seja mínima, um drible, um gol mal anulado ou mal marcado pode mudar todo o cenário. Palmeiras e Flamengo deram o que falar na temporada passada. Brigaram pela primeira posição no Brasileiro até bem perto do fim, quando o time rubro-negro perdeu o fôlego e viu o Santos tomar sua posição, ficando em segundo lugar. Ocorre que essas duas equipes ainda não se acertaram no Estadual deste ano. O Fla deu mais o que falar, apesar da derrota na final da Taça Guanabara para o Fluminense. Jogou achando que não precisava jogar. E se deu mal.

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O torcedor do Flamengo tem apenas uma Libertadores para se orgulhar. Foi lá atrás, em 1981, quando Zico comandava um timaço no Maracanã. Esse time pode ser considerado um dos melhores do futebol brasileiro em sua história. Só craques. Vi pouco esse time jogar, mas li muito a respeito. O time de hoje não se compara, mas pode ser tão eficiente quanto. Gosto de Guerrero e Diego. Acho Arão importante para o meio de campo. A Libertadores é uma competição traiçoeira. Achar que o jogo está ganho é um erro. O Atlético-PR se dobrou a isso ao fazer 2 a 0 no Universidade Católica em casa e ceder o empate nos últimos 5 minutos. O rival não desistiu e o time de Paulo Autuori pensou que a partida estivesse ganha.

 

 Foto: Estadão

 

Da mesma forma, o Palmeiras corre atrás de sua segunda conquista, repetindo o feito do time de 1999, da era Parmalat. Alex era o camisa 10. Fui setorista desse Palmeiras, acompanhei a todas as partidas. O time era bom, tinha suas falhas, mas compensava na garra cobrada por Felipão, e malandragem, e nas boas atuações de alguns de seus jogadores, como Paulo Nunes, que tinha a Libertadores nas veias. Arce também era um jogador que ajudava muito nas bolas paradas. O Palmeiras versão 2017 está muito badalado. Também vive a riqueza de ter um patrocinador forte, a Crefisa, que ajudou a montar um time de tirar o chapéu. Na verdade, os jogadores é que são de tirar o chapéu. O time ainda não existe como se esperava no começo da temporada. E Eduardo Baptista, o treinador, tem essa missão de transformar esse grupo em uma equipe competitiva.

Esse começo é fundamental para Palmeiras e Flamengo. Bons resultados nas primeiras partidas darão aos times, torcida e comissão técnica mais confiança para atuar. A equipe rubro-negra resgata o Maracanã, como em 1981. O Palmeiras terá no Allianz Parque e na sua torcida a força que precisa para chegar lá. O resto é dentro de campo.

 Foto: Estadão
Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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