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Opinião|Tite treina o Corinthians sem se apegar ao nome dos jogadores

Treinador coloca em prática o que viu na Europa, valoriza uma forma de atuar independentemente das peças. Parte do pressuposto de que todo atleta é capaz de exercer as funções determinadas

Foto do author Robson Morelli
Atualização:
 Foto: Estadão

Tite monta o Corinthians para ter um padrão de jogo, independentemente dos jogadores escolhidos para cada função. Ele treina nesse começo de temporada o posicionamento dos jogadores e sua movimentação. As ideias ainda estão frescas em sua cabeça do tempo que parou para 'estudar' e, pelo que se viu até agora, sendo assimiladaspelos atletas. O Corinthians tem no elenco jogadores inteligentes, como Elias, Danilo, Jadson, Emerson, Renato Augusto, Fábio Santos e outros. Isso ajuda muito para as novidades do treinador.

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Esqueça no Corinthians aquela tradicional formação de 1 a 11, com cada componente atuando num pedaço de gramado. O time, em breve, terá uma forma de jogar e se valerá dela com qualquer jogador. Um exemplo: se Danilo recua para armar o time, Elias sabe que pode avançar e ser lançado. O mesmo acontece quando Jadson abre pela direita, dando a Danilo espaço para a penetração. O que Tite ensaia a cada treino que faz no Parque Ecológico é que essas mesmas jogadas aconteçam mesmo se Elias, Danilo e Jadson não estiverem em campo. Ou seja: qualquer jogador da posição saberá exatamente o que tem de fazer e como a equipe se movimenta.

O desafio é repetir as jogadas sem cair na marcação adversária, que também aprende rápido. Apostar na inteligência e qualidade dos jogadores será o segundo passo desse novo trabalho. Na teoria, Tite tem tudo planejado. A prática virá com treinamento e repetição. Ginga, drible, criatividade, nada disso será descartado, claro. E aí pode estar o sucesso do trabalho, a mescla das invencionices do jogador brasileiro com uma obediência tática cada vez mais presente no futebol nacional.

Opinião por Robson Morelli

Editor geral de Esportes e comentarista da Rádio Eldorado

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