Foto do(a) blog

O dia a dia dos alunos do Curso Estado de Jornalismo Esportivo

Cambistas agem livremente em central de venda de ingressos no DF

Torcedores ainda tentam comprar entradas para disputa do terceiro lugar

PUBLICIDADE

Por Seleção Universitária
Atualização:

Torcedores ainda tentam comprar entradas para disputa do terceiro lugar

 

PUBLICIDADE

Jorge Macedo - especial para O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Apesar da derrota histórica sofrida para a Alemanha na última terça-feira, 8, os torcedores brasilienses deverão comparecer em grande número para se despedir dos jogadores no Estádio Nacional Mané Garrincha. Com o confronto pelo terceiro lugar marcado contra a Holanda neste sábado, 12, às 17h, algumas centenas de pessoas formaram longas filas na tarde de hoje no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local onde está sendo feita a comercialização e distribuição dos ingressos devolvidos por quem desistiu de assistir à partida.

Do lado de fora, alguns cambistas negociavam ingressos sem o menor receio de serem surpreendidos pela polícia. Com quatro entradas para a categoria 1, um deles oferecia os tíquetes por R$ 1 mil cada. Desconfiado, o aposentado Paulo Ribeiro, 68, preferiu não arriscar. "A diferença de preço não é tão grande, poderia até comprar e evitar a fila, mas soube que diversas pessoas foram enganadas com ingressos falsos, então ficarei aqui mais um pouco", contou. A Seleção Universitária esteve no Centro de Convenções por quase uma hora. Neste período, nenhuma viatura policial foi vista para coibir a ação dos cambistas.

O publicitário Luís Romão, 47, encarou a fila para atender ao desejo do filho Luís Guilherme, 15. Decepcionado com o desempenho brasileiro na Copa, ele fez uma análise crítica da seleção. "O Brasil perdeu a essência do futebol arte com nossos jogadores indo muito cedo para fora. Os europeus aprenderam a neutralizar nosso jogo. Além disso, faltou empenho para quase todo eles", desabafou. Apesar da descrença, ele acredita que o Brasil vencerá a partida amanhã, mas por um único motivo. "O presidente da CBF disse que o vencedor amanhã levará R$ 54 milhões, ele quer esse dinheiro. A seleção não jogará pela torcida, mas pelo prêmio".

Publicidade

Romão quase conseguiu evitar a fila para os ingressos. De acordo com ele, por volta das 14h havia 32 ingressos disponíveis na categoria 1 no site da Fifa. "Estava com meu filho e vimos as entradas por R$ 660 cada. Por mim não iria, mas ele insistiu muito comigo. Fiz todo o processo, mas na hora de colocar os dados do cartão de crédito o sistema travou e não efetuei a compra. Agora é tentar a sorte por aqui", afirmou.

A dentista Karina Costa, 34, estava em festa ao lado do marido Bruno Lopes, 39. Após quase duas horas na fila, ela garantiu as entradas para a última partida do Brasil no mundial. "Acho que estamos todos tristes com a derrota da seleção, mas isso não tira meu ânimo e vontade de ver os jogadores por aqui. É a última oportunidade que teremos, acho que outra Copa por aqui vai demorar uns 80 anos. Então estou muito feliz por ter conseguido os ingressos", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.