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O dia a dia dos alunos do Curso Estado de Jornalismo Esportivo

Estrangeiros mudam rotina de moradores de Copacabana

Bairro carioca é o local de maior concentração de turistas durante a Copa

Por Seleção Universitária
Atualização:

Bairro carioca é o local de maior concentração de turistas durante a Copa

 

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Lara Monsores - especial para O Estado de S. Paulo

RIO DE JANEIRO - Depois da invasão argentina, vieram a invasão chilena, a americana, a colombiana e o Rio já tem turistas do mundo inteiro para a Copa. Copacabana, na zona sul, onde a Fifa montou sua arena Fan Fest, é o point favorito dos estrangeiros. E esse intenso movimento no bairro nos últimos dias vem alterando a rotina de alguns moradores.

Quem costumava caminhar no calçadão da orla, por exemplo, teve de procurar outro lugar para a atividade. A babá Gisele Barroso, 29, não consegue mais passear no local com a pequena Maria, de apenas três meses de idade. "Agora a gente fica aqui de longe, só olhando", disse, sentada num banquinho na calçada do outro lado da Avenida Atlântica com o bebê no colo. "Meus patrões também passaram a sair do trabalho mais cedo por causa do trânsito daqui agora."

Lúcia Olímpio, 54, é cuidadora de idosos e mora em Copacabana há 36 anos. Ela diz que não é contra a Copa, mas não vê com bons olhos os efeitos dos grandes eventos no bairro: "Os preços de tudo estão lá no alto", observa. "Uma água, que eu comprava por R$ 1,99 no mercado, agora está R$ 3,50."

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Apesar da forte presença de policiais militares na zona sul do Rio, num esquema especial para a Copa, há ainda quem se preocupe com a segurança. É o caso de Solange Vasconcellos, 36, que passeava pela rua Duvivier de mãos dadas com os dois filhos pequenos. "Fico mais ligada com eles (filhos), principalmente se vamos à praia", diz. "Mas acho legal essa diversidade com gente do mundo inteiro aqui".

A expectativa é de que o Brasil receba cerca de 600 mil turistas estrangeiros durante o Mundial. Desses, 450 mil passarão pelo Rio de Janeiro e, possivelmente, também estarão em Copacabana. Nada que assuste a moradora Gilda Siqueira, de 80 anos, que lembra a vocação turística do bairro: "Quem mora aqui já está acostumado com isso."

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