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O dia a dia dos alunos do Curso Estado de Jornalismo Esportivo

Itália e Uruguai fazem jogo surpresa para decidir terceiro lugar

Durante a competição, os times não repetiram escalação e mudaram esquema tático

Por Victor Costa
Atualização:

 

Prandelli e Tabárez preferem escalar o time de acordo com o adversário (Antonio Calanni/AP - Robert Ghement/EFE)  Foto: Estadão

 

 

Victor Costa - Seleção Universitária - especial para o Estado

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SÃO PAULO - Com os holofotes apontados para a esperada final entre Brasil e Espanha, a disputa de terceiro lugar ficou de lado, mas tudo indica que um grande jogo deve acontecer às 13h no domingo, 30. Itália e Uruguai foram eliminados pelos favoritos Brasil e Espanha na semifinal, mas não sem lhes dar um baita trabalho. A Celeste perdeu para a seleção brasileira por 2 a 1, com um gol salvador de Paulinho aos 40 minutos do segundo tempo. Já a Azzurra só foi derotada nos pênaltis.

As duas equipes não vêm utilizando um esquema tático claramente definido. Durante esta Copa das Confederações, os técnicos Cesare Prandelli e Óscar Tabárez não conseguiram - ou não quiseram - repetir escalações por dois jogos seguidos. O que atrapalhou, e muito, o esquema dos treinadores. De qualquer forma, a preferência de ambos é pela adaptação ao adversário.

Na primeira partida da seleção italiana, o time foi a campo utilizando um 4-3-2-1, o chamado "esquema árvore de natal", e conseguiu explorar o frágil lado direito da defesa mexicana. Contra o Japão, o esquema foi mantido, porém a entrada de Aquilani não deu certo e o time saiu perdendo por dois gols. Ainda no primeiro tempo, Prandelli o substituiu por Giovinco e conseguiu barrar as subidas do lateral Nagatomo. A Itália melhorou, virou o jogo e venceu por 4 x 3.

Jogando contra o Brasil, já classificada, a seleção italiana teve que se adaptar sem o maestro Pirlo. O esquema escolhido foi o 4-2-3-1. Não deu certo. Logo no começo da partida a Itália tomou sufoco e por pouco não levou o gol, que só saiu ao final da primeira etapa. O time voltou do intervalo no 4-3-2-1 e conseguiu fazer o seu jogo nas costas do lateral Marcelo. Mesmo assim saiu derrotada por 4 x 2.

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Na tentativa de surpreender a Espanha, Prandelli armou a equipe com três zagueiros e deu liberdade aos alas. O jogo pelos lados favoreceu a Itália, que levou mais perigo e jogou melhor no primeiro tempo. Na etapa complementar a equipe espanhola conseguiu equilibrar as ações. O gol não saiu e a decisão foi para os pênaltis.

Estreando contra a mesma Espanha que eliminou a Itália, o Uruguai entrou em campo perdido. Tabárez preferiu deixar Forlán no banco e não havia ninguém para pensar o jogo. Com a desorganização tática do adversário, a seleção espanhola massacrou na posse de bola e poderia ter feito um placar mais elástico que o 2 x 1 conquistado.

Percebendo o erro, o treinador uruguaio promoveu a volta de Forlán ao time. Jogando no 3-4-3, a equipe marcou primeiro, mas levou o empate. No segundo tempo, a ousada formação inicial deu lugar ao 4-3-3 e o camisa 10 mostrou porque não deve ficar no banco fazendo o golaço da vitória. O jogo seguinte, contra o Taiti, não serve de parâmetro para analisar o time tática e tecnicamente.

Na semifinal contra o Brasil, a aposta foi na forte marcação e nos contra-ataques, utilizando o 4-3-1-2. Quatro defensores e três volantes faziam a marcação na frente da área e Forlan era o responsável por servir Cavani e Suárez à frente. O Uruguai conseguiu neutralizar bem o ataque brasileiro e teve chances em erros de marcação. Primeiro, David Luiz cometeu pênalti em Lugano, Forlán perdeu. E o gol saiu quando Cavani aproveitou passe errado de Thiago Silva dentro da área.

Para a disputa de terceiro lugar é difícil imaginar que tipo de esquema e escalação os técnicos vão utilizar. O mais provável é que seja um jogo de momentos, com um time se adaptando dentro de campo para jogar contra o outro. A Itália deve começar tomando a iniciativa e o Uruguai deve responder.

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