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Portugal e Gana inovam e não treinam no Mané Garrincha

Impasse sobre greve da seleção africana segue sem resolução

Por Seleção Universitária
Atualização:

Impasse sobre greve da seleção africana segue sem resolução

 

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Jorge Macedo - especial para O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Com jogo marcado para as 13h desta qunta-feira, 26, Portugal e Gana quebraram o protocolo das seleções que passaram pelo Distrito Federal e optaram por não fazer o reconhecimento oficial do gramado do estádio Mané Garrincha. Os ganeses chegaram em Brasília na tarde de terça-feira, 24, por volta das 14h30. Já os portugueses desembarcaram na cidade às 20h30.

Mesmo com o astro Cristiano Ronaldo, a chegada da seleção portuguesa ocorreu de maneira discreta. Apenas 30 pessoas foram até o hotel onde a delegação está hospedada para recepcionar o melhor jogador do mundo e seus companheiros. Com chances remotas de classificação, o técnico português Paulo Bento concedeu entrevista coletiva no Mané Garrincha na manhã de hoje e afirmou que ainda acredita na possibilidade de avançar para a próxima fase.

Da coletiva no estádio, a delegação portuguesa seguiu para o Centro de Capacitação Física dos Bombeiros e realizou o último treino antes da partida decisiva contra Gana. O local é um dos centros de treinamentos oficiais escolhidos pela Fifa para abrigar as seleções que jogam em Brasília. Apenas os primeiros 15 minutos da atividade foram liberados para a imprensa, para a frustração dos poucos torcedores que estavam por lá.

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Greve. Os jogadores de Gana continuam com a ameaça de greve por conta do atraso no pagamento de cem mil dólares referente à premiação por cada aparição em jogos da Copa. A seleção tinha treino marcado para as 17h30 de ontem no CT dos bombeiros, mas a atividade foi cancelada porque o pagamento não havia sido realizado até então.

De acordo com informações do jornal Joy Sports, de Gana, o presidente do país, John Dramani, prometeu que o pagamento será realizado antes da partida contra os portugueses. Segundo o jornal, um avião fretado com cerca de três milhões de dólares saiu ontem do Aeroporto Internacional de Kotoka, capital do país, rumo ao Brasil.

O presidente da Associação Ganesa de Futebol, Dramani Mahama, afirmou por meio de nota que o atraso da premiação aos jogadores será quitado ainda hoje. Durante entrevista coletiva realizada nesta tarde no Mané Garrincha, o técnico da seleção, James Appiah, destacou que a questão deverá ser resolvida nas próximas horas e que o impasse tem atrapalhado os planos da comissão técnica para o duelo contra Portugal.

Para Appiah, o cancelamento do treino de ontem é um direito dos jogadores e deve ser respeitado. "É uma tradição em nosso país que os prêmios sejam pagos em dinheiro vivo. É algo que eles haviam combinado com a federação, portanto devem receber", salientou. O técnico disse ainda que os jogadores estão focados para o jogo de amanhã e que o dinheiro vai servir de motivação para todo o grupo. Assim como Portugal, a seleção de Gana saiu do Mané Garrincha e seguiu para o CT dos Bombeiros, onde realizou o único treino antes da decisão desta quinta-feira.

Desespero. Portugal e Gana não dependem apenas de si para garantirem uma vaga nas oitavas de final. Com um ponto conquistado em dois jogos, os portugueses precisam golear os africanos e torcer para que os Estados Unidos sejam derrotados pela Alemanha. Também com um ponto, Gana tem que vencer o confronto de amanhã por dois gols de diferença e contar com a vitória dos alemães sobre os americanos. Caso a partida entre Alemanha e Estados Unidos termine empatada, Portugal e Gana estarão eliminados da Copa.

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