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Rio vive dia de Buenos Aires com invasão argentina

Torcedores lotaram a capital fluminense para assistir à estreia da Argentina contra a Bósnia, no Maracanã

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Por Seleção Universitária
Atualização:

Torcedores lotaram a capital fluminense para assistir à estreia da Argentina contra a Bósnia, no Maracanã

 

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Lara Monsores - especial para O Estado de S. Paulo

RIO DE JANEIRO - Quatros horas antes do início da partida entre Bósnia e Argentina, marcada para as 19h, já era grande o movimento de torcedores na estação do metro Cardeal Arcoverde, em Copacabana, que se tornou o principal ponto de concentração de argentinos nos últimos dois dias.

O acesso à plataforma foi tumultuado, com filas de cerca de 20 minutos para a compra das passagens e pouca informação sobre a gratuidade garantida para os que tinham ingresso nas mãos. Nada que abalasse a empolgação dos argentinos, que cantaram o tempo todo durante o trajeto de 40 minutos até a estação Maracanã.

"Não vi nenhum problema, a viagem foi bem tranquila e animada", disse Diego Sarcona, 42, que veio de Buenos Aires para apoiar sua seleção. "Espero que ganhemos agora e que Messi marque."

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Os conterrâneos de Diego pintaram de azul e branco os arredores do estádio Mário Filho e quase não se viam os Bósnios, estreantes em Copa. Milhares de argentinos com bandeiras, camisas da seleção e de clubes tradicionais, como River Plate e Boca Juniors, circulavam pelo entorno do Maracanã à procura dos portões de acesso.

Muitos tiveram dificuldades para achar a entrada correta, já que a sinalização não estava evidente. Até o brasileiro Vinícius Castro, 34, ficou perdido. "Eu fiquei em dúvida, porque tem a indicação na entrada, mas nos portões não tem nenhuma placa dizendo que são E e F", disse. Em vez de placas, voluntários gritavam ao megafone as letras desses portões.

Cerca de 40 minutos antes do início da partida, algumas filas foram formadas nos principais acessos, mas antes das 19h todos já tinham entrado no estádio.

Roubos e cambistas. Muitas pessoas foram para o estádio sem ingresso e tentavam comprar entradas com cambistas, que atuavam livremente na rampa do metrô na estação Maracanã. "Não comprei nenhum pacote, vim por conta própria e estou disposto a pagar o preço original ou um pouco mais por um ingresso", revelou o venezuelano Fernando Osório, 49.

Em um dos locais onde os cambistas vendiam bilhetes por mil e cem dólares, apenas guardas municipais faziam a segurança e algumas pessoas tiveram seus ingressos roubados. Foi o caso de Sebastião Antônio, que veio de Campinas com o filho e foi assaltado na passarela antes mesmo de chegar ao estádio. "Não vi nada. Só percebi depois, que a sacola onde eu tinha guardado não estava no meu bolso", lamenta. "Nenhum policial soube me informar sobre a delegacia mais próxima onde eu poderia ir."

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Ele reclamou também de falta de fiscalização na chegada ao estádio, observando que qualquer pessoa podia entrar sem qualquer problema no perímetro Fifa, mesmo sem ingresso ou credencial. Foi possível encontrar também alguns poucos ambulantes que vendiam, clandestinamente, latões de cerveja a R$ 8.

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