Triste ano para Jaqueline

Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara começaram com uma notícia triste para o vôlei brasileiro. Apesar das vitórias fáceis e esperadas no feminino (se não vacilar, a medalha de ouro virá com o pé nas costas), a contusão de Jaqueline fecha para ela um dos anos mais tristes da vida. Em maio, sofreu aborto espontâneo do bebê que esperava - é casada com Murilo, da seleção masculina.

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Por Redação
Atualização:

No sábado, durante a estreia diante da República Dominicana, ela bateu cabeça com a líbero Fabi e levou a pior. Sofreu concussão cerebral e fraturou duas vértebras da coluna vertebral. Ficará pelo menos seis semanas com um colar cervical e, além de ficar fora do Pan, perderá a Copa do Mundo, em novembro, a competição mais importante da temporada, já que vale três vagas diretas à Olimpíada de Londres 2012.

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A lesão da ponteira foi uma fatalidade, mas levanta novamente a questão: será que o Brasil precisava mesmo levar as principais atletas para o México? O torneio em Guadalajara tem um nível muito baixo, e seria muito mais interessante entrar em quadra com jovens jogadoras, que ganhariam experiência internacional. O técnico José Roberto Guimarães errou ao escalar o time titular.

No masculino, Bernardinho foi mais inteligente. Nem vai ao Pan (o auxiliar Rubinho comanda a equipe no torneio) e mandará a Guadalajara uma equipe mista. Está com a cabeça na Copa do Mundo, pois sabe que é no Japão o campeonato mais importante, e é lá que o Brasil vai precisar ter força máxima para terminar bem a temporada e começar a busca por mais um ouro olímpico em Londres.

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