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Conversa de pista

Opinião|BMW e o novo conceito para o DTM

Motor turbo de 4 cilindros é proposta para o campeonato alemão. Base é o regulamento do SuperGT 300 japonês. Programa 2018 inclui Le Mans.

Atualização:

Apesar de alinhada com os grupos Daimler e VW para apoiar a F-E (categoria de carros elétricos), a BMW dá mostras de não abandonar o barco do DTM ou tampouco interromper o programa do Campeonato Mundial de Resistência, o WEC. Dias depois que Jens Marquardt, o diretor de competições da casa de Munique, anunciou sua estratégia para salvar a série alemã a marca bávara apresentou o modelo M8 GTE, cupê projetado para disputar o Campeonato Mundial de Resistência e outras séries internacionais da categoria GT3.

A julgar pela proposta que Marquardt lançou para reviver o DTM - que no ano que vem perde a presença da Mercedes -, nas pistas alemãs o novo M8 GTE será visto apenas no ADAC GT Masters, campeonato promovido pelo Automóvel Clube da Alemanha.

Tal certame é aberto a carros como Audi R8 LMS, Corvette C7 GTR Lamborghini Hurácan, Mercedes AMG GT3, Nissan GT-R Nismo GT3 e Porsche GT3 R. Como seria bom se o congênere brasileiro dessa associação, a Confederação Brasileira de Automobilismo, fizesse algo semelhante e apropriado à realidade do País.

O dirigente alemão está em sérias negociações com Gerhard Berger, executivo líder do ITR, promotor do DTM, e com outros construtores para desenvolver uma solução que mantenha sua atratividade para o público, para o esporte e para a própria indústria automobilística.

A base dessa proposta é utilizar um motor turbo, de quatro cilindros e com amplas restrições a modificar a aerodinâmica da carrocerias original.

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"Isto abriria as portas para um regulamento que chamamos de "Classe 1", baseado nas normas técnicas já usadas no Campeonato Japonês de Super GT."

A BMW já participa do campeonato nipônico na classe GT 300, que tem custos de preparação e manutenção mais baixos, em torno de US$ 3 milhões por temporada -, drasticamente inferiores aos da classe GT 500, dominada por verdadeiros protótipos construídos à imagem e mera semelhança aos Honda NSX, Lexus LC-500 e Nissan GT-R. Uso de lastro e restritor de admissão de ar ao motor são ferramentas usadas para equilibrar o desempenho de modelos tão variados quanto Audi R8 LMS,  Corvette C7 GTR Lamborghini Hurácan, Mercedes AMG GT3, Nissan GT-R Nismo GT3, Porsche GT3 R  e até mesmo um Lotus Evora MC. Isso deixa claro que a globalização não poupou a categoria e explica melhor a estratégia de Marquardt, que completa:

"Este conceito traria segurança ao futuro do DTM e amplia seu apelo internacional. Ficaríamos contentes se outros construtores seguissem essa proposta e aderissem ao DTM".

Opinião por Wagner Gonzalez
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