LOS ANGELES - A gravação de áudio de um comentário racista que levou a NBA a expulsar do basquete profissional o dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, foi feita com o consentimento dele pela própria mulher que o magnata critica na gravação por "se associar a pessoas negras", defende o advogado dela. Mac Nehoray, que advoga em Los Angeles, também insistiu que sua cliente, identificada como V. Stiviano, não desejava fazer mal a Sterling e não foi responsável por entregar a gravação a sites que a divulgaram no fim de semana, dando início ao escândalo e suas consequências. Nehoray disse que a gravação foi vazada por um amigo não identificado, a quem Stiviano havia dado o material para "proteção", mas que aparentemente se deixou levar pela perspectiva de lucros financeiros. Há semanas a namora da Sterling parecia sinalizar que um escândalo estava prestes a estourar na NBA, pois postou no seu Instagram, rede social, mensagens como "esqueletos no armário" e "está tudo saindo!". Stiviano, de 31 anos, costumava ser habitualmente vista e fotografada com Sterling, de 80 anos. O advogado negou, no entanto, que houvesse um relacionamento amoroso entre eles, afirmando que sua cliente era amiga do dirigente cassado, trabalhando informalmente como sua "arquivista" e sendo "encarregada" das instituições filantrópicas do empresário.