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Janeth brilha, mas Brasil perde para a Austrália no Mundial

Mesmo com os 22 pontos anotados pela ala, a equipe brasileira foi derrotada pelas rivais por 82 a 73. O time de Barbosa pega o Canadá nesta segunda-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar do bom desempenho da ala Janeth, a seleção brasileira amargou a segunda derrota no Mundial feminino de basquete ao ser superada, na manhã deste domingo, pela Austrália por 82 a 73, pela segunda fase do torneio. O confronto foi disputado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e contou com boa participação da torcida brasileira. Ao contrário da vitória sobre a Lituânia, no sábado, a equipe comandada pelo técnico Antonio Carlos Barbosa voltou a apresentar sucessivos erros na marcação e foi inferior na disputa dos rebotes (27 contra 35 das australianas). Mesmo com a derrota, o Brasil ainda tem chances de se classificar às quartas-de-final do Mundial. Para isso, precisa superar o Canadá, nesta segunda-feira, às 15h15, também na capital paulista. Janeth terminou a partida com 22 pontos, sendo a cestinha da equipe nacional. Nos jogos anteriores, a veterana ala de 37 anos não esteve bem e entrou em quadra neste domingo com média de 12,3 pontos (21,2% de aproveitamento). "Se formos analisar em termos de pontos, preferiria ter anotado o mesmo número de cestas das últimas partidas e ver o Brasil ganhar. Para o ego (ser cestinha) é bom, mas sempre fui uma jogadora de equipe, que prioriza o coletivo", disse Janeth. "Já que voltei a jogar bem, espero que a seleção também entre neste ritmo para podermos vencer as canadenses", acrescentou. No confronto deste domingo, a estrela da australiana Penny Taylor voltou a brilhar e a ala acabou a partida como a maior pontuadora, com 27 pontos. A pivô Lauren Jackson também se destacou ao conseguir um double-double (dois dígitos em dois fundamentos), com 21 pontos e 13 rebotes. As australianas, que foram medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e bronze nos dois últimos Mundiais (China-2002 e Alemanha-1998), seguem invictas na competição, com cinco vitórias. A partida Empurrado pela torcida, o Brasil começou o primeiro quarto do jogo arrasador, dominando o garrafão e tendo 82% de aproveitamento nos arremessos. Trabalhando bem a bola com Janeth e Alessandra, as campeãs mundiais em 1994 venceram por 21 a 17. No quarto seguinte, no entanto, a Austrália passou a marcar por zona e dominou as lutas pelo rebote. A defesa brasileira ficou perdida e deixou a equipe da Oceania marcar 30 pontos. Após o intervalo, o time comandado pelo técnico Jan Stirling seguiu impondo o ritmo do jogo, com Penny Taylor e Lauren Jackson anotando cestas sem dificuldades. Mas, nos minutos finais, as brasileiras reagiram e encostaram no placar (58 a 54). Mas no último período, Taylor voltou a desequilibrar e a situação do time nacional ficou ainda pior quando Janeth marcou a quinta falta e foi excluída da partida. Ao término da partida, as brasileiras reclamaram muitos dos juízes Philippe Leemann (SUI), Matej Boltauzer (SLO) e Susan Blauch (EUA). "Sempre que tentávamos encostar, eles (árbitros) marcavam alguma coisa. Mas infelizmente isso faz parte do jogo", disse Janeth. "Fomos prejudicadas com várias chamadas, mas jogamos bem e nunca nos entregamos", acrescentou a ala-armadora Iziane. Já a pivô Alessandra preferiu elogiar as adversárias. "Elas jogaram tudo que podiam e o que não podiam. Não dá nem para explicar, até brinquei com a Penny Taylor ao perguntar se ela não poderia ter deixado para fazer isso em outro dia", disse a jogadora, que fez 16 pontos na partida. "Ainda não temos nada perdido, o campeonato continua. Temos que vencer amanhã (segunda, contra o Canadá) e começar a pensar na fase dos mata-matas", completou.

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