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Sport atravessa dificuldades no basquete feminino

Clube da Ilha do Retiro monta elenco caríssimo, mas adiamento e falta de visibilidade da Liga de Basquete Feminino acarretaram perda do patrocinador

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Por Alessandro Lucchetti
Atualização:

SÃO PAULO - O Sport se meteu em uma enrascada. Mais uma. Além de ver seu time de futebol cair para a Série B do Campeonato Brasileiro, o clube da Ilha do Retiro agora vive apuros com sua recém-montada equipe feminina de basquete.

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A diretoria repatriou atletas de seleção brasileira, como Érika, Adrianinha e Franciele. Especula-se, nos bastidores do basquete, que o salário de Érika seria suficiente para cobrir toda a folha de pagamento da equipe de Americana, uma das três mais fortes do país. No entanto, a Liga de Basquete Feminino, o campeonato que daria visibilidade ao patrocinador encarregado de arcar com essa alta conta, atravessa um período de dificuldade extrema.

A LBF perdeu o patrocínio da Eletrobrás, via Lei de Incentivo do Esporte, e Bradesco, cuja verba era repassada pela Confederação Brasileira de Basquete. Com início previsto inicialmente para o dia 1º deste mês, o campeonato foi adiado. Diversas reuniões foram realizadas, até que se chegasse a uma fórmula de consenso.

O campeonato, que teria nove participantes, deverá começar no dia 19 do próximo mês, com apenas sete equipes: Sport, Maranhão, Americana, Ourinhos, Santo André, Guarulhos e São José. Em vez de dois turnos, como inicialmente planejado, haverá apenas um, seguido por playoffs. A série final deverá começar na primeira semana de abril. Os recursos para realização do certame serão aqueles provenientes do contrato com a Rede Globo. O SporTV deverá exibir alguns jogos, mas ainda não anunciou quantos.

O patrocinador do Sport, diante de tanta precariedade, recuou. Depois de honrar com o pagamento dos meses de setembro, outubro e novembro, resolveu deixar o projeto, de maneira amigável, segundo Márcio Manfrin, coordenador técnico de esportes amadores do Sport. E o clube pernambucano corre atrás de patrocinadores. "Eu não diria que o clube está numa fria, mas numa situação delicada. A retirada do apoio da Eletrobrás causou um efeito-dominó que nos afetou", lamenta Manfrin.

 

 

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