Advogada responsável pela ação movida por alguns ex-jogadores da Portuguesa que culminou no leilão do Canindé, Gislaine Nunes, é quem busca agora uma solução para o fim do imbróglio jurídico. Ela alinhavou acordo com investidores para bancar o projeto de modernização do estádio e salvar o clube, que está afundado em dívidas.
A participação ativa foi uma maneira encontrada pela advogado para receber os R$ 55 milhões exigidos por seus clientes em ações trabalhistas. Apesar de o leilão continuar aberto para lances no site da Fidalgo Leilões, não há interessados. A explicação é que apenas pouco mais da metade do terreno (57 mil m²) pertence à Portuguesa. Os outros 43 mil m² são da prefeitura.
“Só vou fechar um acordo e encerrar o processo se a Portuguesa aceitar os investidores que apresentei ou me apresentar outros que sejam tão confiáveis quanto os meus”, disse Gislaine.
O projeto em questão é o mesmo que foi mostrado pelo conselheiro Antonio Carlos Castanheira no ano passado e revelado pelo Estado, com participação da Conexão 3 Desenvolvimento e Negócios, Planova Planejamento e Construções e Fernandes Arquitetura.
Há previsão do pagamento de R$ 160 milhões à vista para quitar dívidas, implosão da estrutura do Canindé e construção de um hotel, um shopping, uma sede social e ainda uma nova arena para 15 mil pessoas para o time mandar seus jogos. A Portuguesa receberia mais R$ 500 mil mensais para o time alugar um estádio a fim de disputar as partidas no período das obras.
O presidente da Portuguesa, Alexandre Barros, não quis se posicionar sobre o assunto até que as situações internas fossem resolvidas. Gislaine disse que o projeto foi aprovado e que agora depende de detalhes burocráticos para ser colocado em prática. “Confio bastante no presidente e no Castanheira para encontrar uma solução”, afirmou ela.
Até lá, o leilão continua ativo e pode aparecer interessado em arrematar parte do terreno do Canindé.