Alheio aos problemas extra-campo que estão agitando a Ponte Preta, o técnico Eduardo Baptista se mantém focado no trabalho junto aos jogadores. Em treino fechado realizado nesta quarta-feira, ele já testou a provável formação que vai mandar a campo diante do Ituano, em Itu (SP), neste sábado, às 16h30, pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Normalmente ele costuma esconder a escalação oficial, mas já tem procurado manter a mesma formação em busca de entrosamento. Após a vitória sobre o São Bento, em Sorocaba (SP), o time de Campinas (SP) lidera o Grupo B com seis pontos. Está na frente de São Paulo (4), São Caetano e Santo André (3 cada).
A única baixa é o meia Tiago Real, que tem atuado como segundo volante. Ele recebeu o terceiro cartão amarelo e vai cumprir a suspensão automática. O que pode acontecer é a improvisação de Ourinho, lateral-esquerdo emprestado pelo Santos, como meia e com Jeferson sendo mantido improvisado na esquerda, embora ele costume atuar do lado direito.
O volante João Vitor, que ficou um ano parado, ainda está fora de forma e vai entrar no time aos poucos, enquanto que Mendoza não aprovou quando foi utilizado. Até o jovem Marquinhos, formado na base, pode entrar. A dúvida ficará neste setor de meio de campo.
EXTRA-CAMPO
Na última segunda-feira houve uma reunião do Conselho Deliberativo, na qual toda a situação do clube foi passada a limpo. A Ponte Preta deve perto de R$ 10 milhões, mas a diretoria está se mobilizando para cumprir os seus compromissos. O presidente de honra Sérgio Carnielli fez um aporte financeiro para pagar funcionários e fornecedores.
Alguns casos vão mesmo ser decididos na Justiça do Trabalho porque no ano passado o clube deixou de pagar salários de alguns jogadores que não vinham sendo aproveitados no elenco, rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. São os casos do lateral-esquerdo Fernandinho, do zagueiro Fábio Ferreira e dos volantes Jean Patrick e Naldo.
O único jogador que negocia um acordo com a direção é o goleiro Aranha, de 37 anos, que foi liberado tendo em vista que seu salário - em torno de R$ 150 mil - foge aos padrões do clube neste momento. A Ponte Preta ainda lhe deve quatro salários e pretende fazer um acordo de rescisão.