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Análise: 'Prazeres e desafios vão pontuar a estada do estrangeiro na Rússia'

Dificuldades com o idioma vão contrastar com encanto a país muito bonito durante o Mundial de 2018

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Foto do author Robson Morelli
Por Robson Morelli
Atualização:

A Rússia oferece ao estrangeiro prazeres e desafios. Posso garantir que é muito emocionante acompanhar uma Copa do Mundo no país-sede. Tudo é novidade para o forasteiro, das cidades-sede (serão 11 em 2018) aos estádios novinhos, cada um com sua arquitetura, da cultura local e sua história aos hábitos alimentares, da hospitalidade à convivência com povos do mundo inteiro num curto período de tempo e, quase sempre, nos mesmos lugares. Durante a Copa, a Rússia não pertencerá aos russos nem à Fifa, que finca sua bandeira no país-sede e toma conta de todas as deliberações sobre o grande evento esportivo. A Rússia pertencerá aos amantes do futebol, eu, você, qualquer um que esteja lá para assistir aos jogos de suas respectivas seleções ou outras. Serão 31 times sem contar o anfitrião. 

Moscou e São Petersburgo estão na mira dos turistas. São, de longe, as cidades mais bonitas e bem preparadas para receber. Verdadeiros cartões-postais do país.

Estádio em Nizhny Novgorod já está pronto para as partidas do Mundial Foto: Stringer/Reuters

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Mas também haverá desafios. O idioma é o maior deles. Se comunicar na Rússia não é fácil. Ler no alfabeto cirílico é duro. Em cidades mais bem estruturadas, é possível encontrar boas almas que falam inglês, arranham ao menos. Nas cidades menores, como Kazan e Sochi, é mais difícil. A Fifa e o Comitê Local Russo tentarão melhorar essa comunicação nas ruas. Criar, ao menos, menus em que o visitante consiga pedir uma refeição sem surpresas. 

Durante uma Copa do Mundo, o país-sede também se torna mais receptivo ao estrangeiro. Na África do Sul, em 2010, sobrou simpatia. Na Alemanha não foi diferente. Na Coreia do Sul e Japão, em 2002, todos, de modo geral, foram bem tratados. O futebol num Mundial tem essa magia. Mais une do que segrega. É pura festa.

É importante também saber que o brasileiro vai conseguir se locomover sem grandes percalços. O metrô de Moscou é gigantesco. Há uma história em cada estação. Em três dias, é possível se virar nesta “cidade subterrânea” sem se perder. Os organizadores também farão revistas nas entradas de todas as estações. O metrô atende toda a cidade, de norte a sul, leste a oeste. A segurança será reforçada.

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