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Argentina enfrenta primeiro grande teste contra a Suíça

Após jogos contra rivais medianos, argentinos estarão diante de ataque de respeito; suíços reconhecem que duelam com favorita

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Foto do author Gonçalo Junior
Por Ciro Campos e Gonçalo Junior
Atualização:

A Argentina sabe que corre riscos, contra a Suíça, pelas oitavas de final, na Arena Corinthians, a partir das 13 horas. Depois de enfrentar adversários medianos, esse será o primeiro grande teste de sua defesa diante de um rival organizado e com um ataque de respeito. A Suíça, por sua vez, reconhece que está diante de uma das favoritas e espera surpreender, conseguindo seu melhor desempenho em Copas. 

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Em vez de encher o time de volantes, o técnico Alejandro Sabella decidiu manter a postura ofensiva do 4-3-3 e espera que seu ataque compense as eventuais falhas dos zagueiros. “Confiamos em nossa capacidade ofensiva, mas sabemos que estamos expostos. São os riscos com os quais jogamos”, afirma o lateral Zabaleta. 

Para minimizar o perigo, Sabella vai pedir que Ezequiel Lavezzi volte para marcar e seja também um meia. Como substituto de Agüero, com lesão muscular, o jogador do PSG terá a função de compor o trio ofensivo e, ao mesmo tempo, fechar o meio campo, onde o jogo deverá se decidir. “Minha teoria de jogo é a do equilíbrio. Os atacantes têm de marcar e os defensores também começar os ataques”, teoriza o técnico. 

Messi e Shaqiri são os principais nomes ofensivos de Argentina e Suíça Foto: Fabrice Coffrini e Pedro Ugarte/AFP

Já Ottmar Hitzfeld afirma que a Suíça está em evolução. Depois da goleada de 5 a 2 sofrida para a França, a equipe mudou a forma de jogar. “Temos aumentado nosso nível de desempenho. A derrota para a França nos fez perceber o que era preciso mudar. Depois, jogamos contra Honduras e vimos o que deu certo. Podemos aumentar ainda mais o nosso nível e ter condições de jogar bem contra a Argentina”, afirma. 

O progresso da equipe deixa o técnico confiante até mesmo para repensar a carreira. O alemão, de 65 anos, havia planejado se aposentar, mas parece estar mudando de ideia. “Já pensamos como podemos continuar na Copa. Acho que não será a minha última partida”, comentou. 

Fechar o meio é a saída que Sabella deve utilizar para diminuir a pressão sobre a defesa. Com os três gols sofridos na fase de grupos, o desempenho é o pior da Argentina nos últimos 20 anos em Copas. A última vez que os argentinos sofreram três gols nessa fase foi em 1994. “Quando assistimos aos jogos da NBA, vemos todos os torcedores gritando ‘defense’ (defesa)”, argumenta Sabella. 

A Argentina fez sua melhor partida na Copa exatamente contra a Nigéria. Sabella afirma que uma atuação como a da última partida da fase de grupos pode fazer a equipe avançar. “Estamos melhorando. Tivemos uma atuação nota 7 e podemos evoluir”, disse.

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A exemplo do que fez antes dos jogos anteriores, Sabella não revelou a escalação. Evitou falar sobre a arbitragem, sobre a classificação brasileira e também se esquivou de um diagnóstico mais detalhado sobre a Suíça. Hitzfeld foi igualmente burocrático.

Amigos coadjuvantes. Ambos jogadores do Napoli, o argentino Higuaín e o suíço Behrami serão fundamentais no jogo. Messi depende do atacante para dar assistências e ter ajuda nos trabalhos de pivô. 

“Três dos meus colegas de time jogam para eles e vão querer passar à próxima fase. Temos de ter cuidado com a Suíça”, disse Higuaín, que ainda não marcou nesta Copa. Já o volante Behrami é quem inicia os contra-ataques e distribui a bola para as arrancadas de Shaqiri.

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