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Arrigo Sacchi deixa cargo diretivo na Federação Italiana

Cartola ocupava o cargo de coordenador técnico de desenvolvimento de jovens na entidade há quatro anos

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Por Redação
Atualização:

O ex-treinador Arrigo Sacchi, de 68 anos, anunciou nesta quinta-feira que está deixando a Federação Italiana de Futebol (FIGC). Ele ocupava o cargo de coordenador técnico de desenvolvimento de jovens na entidade há quatro anos, mas decidiu renunciar para ficar mais com a família e por conta do estresse. "Estou deixando para trás um cargo que eu me importava muito, mas eu tenho um terrível adversário, um que eu fui capaz de lidar por 22 ou 23 anos mas que agora está ganhando a batalha, e é o estresse. Eu negligenciei minha filha e eu não quero fazer o mesmo com minha neta, que nasceu a dois anos e meio. Não sou mais um jovem e minha recuperação é mais lenta", declarou, em entrevista ao site da FIGC. Antes de deixar o cargo, no entanto, Sacchi criticou a seleção italiana que veio ao Brasil para a Copa do Mundo e disse que o país precisa de "um pouco de autocrítica". "Era apenas em nossas imaginação que a Itália podia vencer. Teria sido um milagre, o que não aconteceu. Nós cometemos erros e precisávamos fazer mais. Na Itália, precisamos começar a rever as coisas." Apesar da análise, o ex-treinador garantiu que o futebol do país pode ter um futuro melhor. "A autocrítica pode fazer muito bem. Nós só podemos melhorar se pararmos de chorar sobre o leite derramado. A Itália precisa parar com carreirismos, atalhos, malandragem, senão estaremos fora. Espero que nossa nação possa levantar de novo." Arrigo Sacchi é considerado um dos grandes técnicos italianos dos últimos tempos e, entre outros, se consagrou no Milan, entre 1987 e 1991, conquistando duas vez a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. O desempenho o levou à seleção de seu país. Era ele o técnico da Itália na derrota nos pênaltis para o Brasil, na final da Copa do Mundo de 1994.

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