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Assessor da presidência do Flu e líder de organizada do Fla são presos

Operação Limpidus investiga o repasse de ingressos dos clubes para torcidas uniformizadas no Rio de Janeiro

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Por Redação
Atualização:

O assessor de imprensa da presidência do Fluminense, Artur Mahmoud, o diretor de Arenas do clube, Filipe Dias, o coordenador financeiro do Flamengo, Cláudio Tavares de Lima, e o presidente da Torcida Organizada Raça Flamengo, Alesson Galbão de Souza, foram presos ontem durante a segunda fase da Operação Limpidus. Investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil apontam que os clubes fornecem ingressos às torcidas organizadas, que acabam sendo desviados para o cambismo. + Leco exalta 'nova experiência' em relacionamento do São Paulo com as organizadas

Outra ilegalidade cometida seria o financiamento de torcidas organizadas já penalizadas com medidas de afastamento. Para o Ministério Público do Rio de Janeiro, as condutas estariam fomentando a violência nos estádios. Na operação, também foi preso o coordenador da Imply – empresa responsável pela confecção de ingressos dos jogos do Flamengo –, Leandro Schilling. A acusação é de repasse de ingressos a membros de organizadas. Ao todo, foram expedidos 14 mandados pelo juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio. Desses, cinco são para acusados já presos na primeira fase da operação. Clubes e empresa se defenderam das acusações. O Fluminense, em comunicado, afirmou que “confia na correção” de Filipe Dias e Artur Mahmoud. “Eles já prestaram todos os esclarecimentos quando chamados a depor como testemunhas. O clube considera as prisões desnecessárias e arbitrárias, e reafirma que vai seguir auxiliando nas investigações da Polícia Civil e do Ministério Público.” O Flamengo, por sua vez, negou qualquer participação em esquema de repasse de ingressos a organizadas. O clube carioca informou que “em todos os momentos em que tomou ciência de práticas contra a lei no que diz respeito ao assunto, notificou a polícia e colaborou com investigações”. Já a Imply afirmou que todos os ingressos dos jogos do Flamengo são entregues direta e exclusivamente ao clube e registrados em protocolo. Em nota, a empresa afirma que “não compactua e não tolera qualquer ato que comprometa os valores éticos estritamente seguidos desde a sua fundação, há 15 anos.” O Estado não conseguiu contato com as defesas dos acusados.

O efetivo policial no entorno do Engenhão. Foto:

A Operação Limpidus, agora em sua segunda fase, investiga o repasse de ingressos pelos clubes para as suas torcidas organizadas, algumas delas hoje banidas dos estádios por decisões da Justiça. Na primeira etapa da operação, vários dirigentes, como Pedro Abad, presidente do Fluminense, Eurico Brandão, o Euriquinho, vice-presidente de futebol do Vasco, e Anderson Simões, vice-presidente de estádios do Botafogo, haviam prestado depoimentos. Além disso, líderes das torcidas organizadas Young Flu e Força Flu haviam sido detidos pela polícia.

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