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Batista lamenta não ter enfrentado a Itália em 1982: 'Sofri com uma bolha'

Volante marcado do time de Telê Santana lamenta não ter tentado contribuir para segurar o resultado positivo

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

Um dos maiores volantes da história do Brasil, Batista, que colecionou grandes partidas por Internacional, Palmeiras e Grêmio, revelou com exclusividade ao Estado que não atuou pela seleção brasileira contra a Itália na segunda fase da Copa do Mundo da Espanha, em 1982, por opção do técnico Telê Santana.

Muitos jogadores daquele elenco disseram após a derrota por 3 a 2, que eliminou o selecionado nacional antes da semifinal, que Batista não poderia atuar por estar machucado, após sofrer um forte pontapé de Maradona na região do púbis durante o confronto anterior, que o Brasil venceu por 3 a 1.

Maradona agride Batista no jogo da Copa de 1982 Foto: George Herringshaw/Arquivo Estadão

"Antes da Copa, sofri muito por causa de uma bolha no calcanhar. Em vez de estourarem a bolha, fizeram um enorme corte, que impedia de eu andar. Fiquei 21 dias sem poder treinar. Quando chegamos à Espanha, eu estava fora do time titular", relembrou o jogador, que também esteve no Mundial da Argentina, em 1978.

"Depois do jogo com a Argentina, na concentração, me perguntaram se eu poderia jogar. Eu disse que sim. Esperei que poderia ficar pelo menos no banco, mas não fui nem relacionado", contou o ex-jogador.

Telê, na época, foi bastante criticado por não adotar uma postura mais defensiva, pois o Brasil jogava pelo empate, que garantiria uma vaga na semifinal. "O terceiro gol da Itália saiu em uma cobrança de escanteio, quando todos os jogadores do Brasil estavam dentro da grande área", defendeu-se Telê, que morreu em 2006, aos 74 anos.

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A seleção brasileira obteve quatro vitórias marcantes na Copa de 1982. As atuações fizeram a crítica especializada colocar o time de Telê entre os melhores de todos os tempos. O Brasil estreou naquele Mundial com uma vitória, de virada, sobre a União Soviética, com direito a dois golaços: um de Sócrates e outro de Eder. Depois goleou a Nova Zelândia (4 a 0) e Escócia (4 a 1) ainda pela primeira fase. No primeiro jogo decisivo, ganhou da Argentina por 3 a 1, depois perdeu para a Itália, de Rossi, por 3 a 2.