Na Copa do Mundo, a Praça da Savassi está para Belo Horizonte como a Vila Madalena está para São Paulo. Na véspera do jogo entre Bélgica e Argélia, o entorno da Praça está tomado por argelinos, belgas e até colombianos, que continuam na cidade depois do jogo do último sábado contra Grécia.
Argelinos, em maioria, e belgas cantam, empunham bandeiras como se estivessem em um estádio de futebol. As brincadeiras e provocações acontecem em clima de Copa do Mundo, sem a rivalidade comum nos clubes de futebol. "Estou adorando a cidade, cheguei hoje e amanhã vou ao jogo", disse o argelino Djamel Sahir, confiante que a sua seleção vencerá a Bélgica.
Os argelinos são os mais animados. Um deles subiu numa árvore e empunhou a bandeira de seu país. Outro ergueu uma réplica da taça da Copa do Mundo e fez os argelinos cantarem ainda mais. Os belgas estão em menor número. E aproveitam os bares. Um torcedor segurava quatro latas de cerveja e distribuía para os amigos.
Um latão de cerveja custa cinco reais. Os bares recolheram as mesas e só vendem cerveja com pagamento antecipado. Alguns estabelecimento, aproveitando o movimento de torcedores, vendem garrafas a dez reais.
A Bélgica é uma das grandes promessas da Copa do Mundo. Em grande fase e com uma geração de talentos, a seleção disputará o primeiro jogo na Copa do Mundo. A Argélia, por sua vez, volta a disputar um Mundial (jogou em 1986 e 2010) e corre por fora por uma das vagas do Grupo H.
