PUBLICIDADE

Publicidade

Brasil supera ausência de Pelé para conquistar o bicampeonato mundial em 1962

Garrincha rouba a cena e conduz seleção ao título, mesmo sem o Rei do Futebol

Foto do author Almir Leite
Por Almir Leite
Atualização:

Com o Brasil campeão, a Copa do Mundo voltou ao continente sul-americano em 1962. Foi a vez do Chile receber o torneio, o que acabou por aumentar ainda mais o favoritismo da seleção brasileira. O grupo sofreu poucas mudanças e ainda estava mais experiente. A maior novidade foi a troca de treinador: Aymoré Moreira substituiu Vicente Feola. Mas lá estavam, entre outros, Gylmar, Djalma Santos, Nílton Santos, Didi, Zagallo, Vavá, Pepe, Zito, Bellini (que perdeu a posição para Mauro Ramos) e Garrincha. Além, claro, de Pelé.

Confira a página especial sobre a Copa do Mundo de 2018

INFOGRÁFICO - Brasil, a camisa mais pesada do futebol mundial

ESPECIAL - 15 anos do Penta, nossa última conquista

O Rei faria o Brasil passar por grande susto, ao se contundir na segunda partida (0 a 0 com a Checoslováquia). Mas então surgiu Amarildo, o possesso, que foi logo marcando os dois gols da vitória sobre a Espanha no jogo seguinte, se mostrando um bom substituto.

Garrincha levou à loucura os marcadores com seus dribles imparáveis. Foto: Acervo/Estadão

Mas sem Pelé, quem fez a diferença para o Brasil foi Garrincha. Ele fez uma Copa espetacular e tornou-se o grande artífice do bicampeonato.

Garrincha foi o protagonista do outro grande susto brasileiro, ao ser expulso por agredir um adversário na semifinal contra os donos da casa, vencida pelo Brasil por 4 a 2. Mas os dirigentes da então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) agiram rápido - dizem que até o governo federal mexeu seus pauzinhos junto à Fifa -, conseguiram fazer o julgamento a toque de caixa, absolver o craque e garantir sua escalação na final.

Publicidade

Azar da Checoslováquia, que não foi páreo no estádio Nacional. Os europeus até abriram o placar, mas Amarildo, Vavá e Zito mostraram quem era o verdadeiro dono da taça.

FICHA TÉCNICA DA FINAL

BRASIL 3 x 1 CHECOSLOVÁQUIA

BRASIL - Gylmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Amarildo, Vavá e Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira.

CHECOSLOVÁQUIA - Schrojf; Novak, Popluhar, Pluskal e Ticky; Pospichal, Kvasnak e Masopust; Jelinek, Scherer e Kadraba. Técnico: Rudolf Vytlacil.

GOLS - Masopout, aos 15, e Amarildo, aos 17 minutos do primeiro tempo. Zito, aos 23, e Vavá, aos 33 minutos do segundo tempo.

JUIZ - Leopold Sylvain Horn (URSS).

Publicidade

PÚBLICO - 68.679 torcedores.

DATA - 17 de junho de 1962.

LOCAL - Estádio Nacional, em Santiago.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.