Buffon perde recorde, mas fecha gol italiano para o tetra

Goleiro italiano não alcançou Zenga, mas tornou-se o segundo com mais tempo sem ser vazado, à frente de Leão, e nem precisou defender um pênalti.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O goleiro italiano Gianluigi Buffon mal teve tempo de sonhar em bater o recorde de seu compatriota Walter Zenga, mas sai de campo como um dos grandes símbolos da conquista do tetracampeonato mundial pela Itália, após a vitória por 5 a 3 nos pênaltis, depois do empate por 1 a 1 na prorrogação. Buffon só havia sofrido um gol antes da decisão - de Zaccardo, contra, no jogo contra os Estados Unidos. Bateria o recorde de Zenga, que ficou 518 minutos sem ser vezado em 1990, se chegasse ileso até os 20 minutos do segundo tempo. Como o gol de Zidane saiu aos 7 minutos de jogo, no pênalti cobrado por Zidane, ele acabou roubando do brasileiro Emerson Leão a segunda melhor marca: 460 minutos, quatro a mais que Leão em 1978. Nascido em 28 de janeiro de 1978, Buffon fez contra os franceses seu 67.º jogo pela Azzurra, pela qual estreou em 29 de outubro de 1997, num empate por 1 a 1 com a Rússia pelas Eliminatórias. Disputou a Copa de 1998, mas como terceiro goleiro, sem jogar - Pagliuca foi o titular. Revelado pelo Parma, que defendeu de 1994 a 2001, Buffon já disse que tem como um de suas inspirações o brasileiro Taffarel, que era titular da equipe quando ele subiu para os profissionais. Estreou na Série A em 1995, quando ainda tinha 17 anos. Em 2000, seria o titular na Eurocopa, mas uma contusão o tirou da disputa, em que Toldo foi o goleiro da Itália no vice-campeonato - na final, derrota por 2 a 1 para a França, na morte súbita. Antes disso, em 2001, transferiu-se para a Juventus, e em 2002, foi o titular na Copa do Mundo do Japão e da Coréia do Sul - a Itália, no entanto, acabou eliminada nas oitavas-de-final, também na morte súbita. Na decisão, brilhou principalmente com uma grande defesa numa cabeçada de Zidane, no segundo tempo. Especialista em pênaltis, nem precisou trabalhar: caído, viu a cobrança de Trezeguet acertar o travessão, na única cobrança desperdiçada pelos franceses.

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