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Capitão da seleção croata vai realizar um sonho na Copa

Jogador do Hertha Berlim disse que será difícil superar a seleção brasileira com Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano e Robinho em campo.

Por Agencia Estado
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?Imagine, nenhuma outra luz acesa em um estádio no mundo todo, nenhuma outra partida, só o seu jogo, na cidade onde você nasceu, com seus familiares na arquibancada, contra a seleção pentacampeã do mundo. É o maior sonho que eu poderia realizar?, declara Niko Kovac, com a fisionomia iluminada, revelando que o duelo entre Brasil e Croácia, em 13 de junho no Estádio Olímpico, ficará para sempre na sua retina. Há três anos no Hertha Berlim, o jogador de 33 anos, capitão da seleção da Croácia, falou ao Portal Estadão sobre suas expectativas para a Copa do Mundo, que começa daqui a 26 dias em sua terra natal, a Alemanha. Kovac é filho de croatas e optou por sua seleção nas competições internacionais. O jogador começou no próprio Hertha, em 1991, e passou por Bayer Leverkusen, Hamburgo e Bayern de Munique, todos clubes alemães, até voltar ao time da capital do país. Foi campeão alemão e mundial pelo Bayern em 2001 e participou da Copa de 2002 no Japão e na Coréia do Sul. Ele considera o Brasil o grande favorito, mas manda avisa. ?Não é fácil jogar contra nós, temos uma boa equipe e queremos passar da primeira fase. Contra o Brasil, queremos garantir pelo menos 1 ponto?, profetizou o capitão croata. Portal Estadão - Naturalmente, vocês estão pensando muito em jogar contra os campeões na estréia. Qual o segredo para surpreender o Brasil? Niko Kovac - É muito difícil. Com o Brasil não há segredo que funcione (risos). É muito difícil competir contra jogadores da qualidade de um Kaká, de um Ronaldinho Gaúcho, de um Ronaldo, de Adriano, Robinho, são tantos que fica complicado. Mas sabemos da dificuldade e vamos manter o nosso objetivo. Portal - Qual é? Kovac - Estabelecemos que nossa meta é passar da primeira fase. Contra o Brasil, queremos garantir pelo menos um ponto. Temos uma nova geração, com muitos jogadores com mentalidade européia. A qualidade técnica é muito boa, temos um time forte, não é fácil jogar contra nós. Somos um país com pouco mais de 4 milhões de habitantes e a expectativa é grande por lá, por isso sabemos da nossa responsabilidade. Portal - A Croácia pode repetir a campanha da Copa da França, em 1998, quando ficou com o terceiro lugar? Kovac - Acho que é muito cedo para falarmos nisso. Aquela era uma equipe fantástica, acompanhei aquela campanha maravilhosa de fora porque me machuquei antes do Mundial e não fui chamado. Agora estamos pensando uma coisa de cada vez, temos de primeiro passar de fase para depois saber o que nos espera nesta Copa da Alemanha. Portal - Como você está se sentindo a poucos dias da estréia contra o Brasil? Kovac - Imagine só, nenhuma outra luz acesa em um estádio no mundo todo, nenhuma outra partida, só o seu jogo, todos olhando para lá, na cidade onde você nasceu, com seus familiares na arquibancada, contra a seleção pentacampeã do mundo. É o maior sonho que eu poderia realizar. Com certeza, um grande momento da minha carreira. Portal - Você sonha com uma final aqui em Berlim? Kovac - (Risos) O sonho é o começo de todo o objetivo, quem não sonha não consegue realizar os seus. Luto muito para realizar os meus. Quero chegar o mais longe possível, mas penso passo a passo. Primeiro temos de passar de fase, depois é tudo meio como uma roleta. Se chegar na final, melhor. Portal - A chave da equipe é perigosa? Kovac - Sobre o Brasil não preciso falar, a Austrália tem uma equipe forte e o Japão não é uma seleção fraca como muitos pensam. Os brasileiros que estão lá, principalmente o Zico (técnico da equipe), ajudaram o futebol japonês a se desenvolver muito nestes últimos anos. E todos estão muito preparados. O auxiliar do Zico, o Tita, esteve no nosso último jogo (vitória contra a seleção da Argentina, por 3 a 2) e observou como nós jogamos. Portal - Qual é a maior qualidade do futebol croata? Kovac - Além da experiência internacional, somos do sul da Europa, jogamos mais soltos, mais descontraídos. Aliamos a capacidade técnica ofensiva com a disciplina tática do futebol europeu e estamos bem condicionados. Somos uma equipe muito universal.

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