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Carille vê Grêmio, Santos e Palmeiras na briga com o Corinthians

Em entrevista ao Estadão, técnico ainda diz que pretende melhorar desempenho contra times menores

Foto do author Raphael Ramos
Por Daniel Batista e Raphael Ramos
Atualização:

Em entrevista ao Estadão, o técnico Fábio Carille, do Corinthians, afirmou que seu time precisa melhorar quando enfrenta equipes que jogam mais fechadas, mas que ele não está preocupado com o rendimento em campo. O treinador ainda afirmou que acredita que Grêmio, Santos e Palmeiras ainda podem brigar pelo título e comentou sobre a luta do São Paulo contra o rebaixamento e a continuidade de seu trabalho. Veja os principais pontos da entrevista:

Jogos contra equipes mais fechadas Claro que queremos a vitória, mas o desempenho também é importante. Sei que já jogamos melhor contra os chamados times menores e que precisamos melhorar ainda. No começo, nos demos melhor contra equipes que propuseram o jogo, mas agora vamos nos adaptar. Não jogamos mal contra Vitória e Atlético-GO, perdemos muitas chances de gol. Acontece, faz parte. Vencemos a Chapecoense fora de casa, mas não gostei tanto assim da equipe. Eu vejo o rendimento, não o resultado. Já saí de campo feliz pela vitória, mas triste pelo desempenho. Precisamos ser mais constantes e vamos treinar. 

'Vejo o rendimento, não o resultado', avisa Carille Foto: Gabriela Bilo/Estadão

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Briga pelo título  Acho que até o Palmeiras está na briga. São 14 pontos de diferença, cinco rodadas e eles podem ter uma arrancada como nós tivemos no primeiro turno. Sabemos que é difícil, mas não é impossível. Daqui três rodadas, poderei dar um outro diagnóstico, mas agora acredito que Grêmio, Santos e Palmeiras podem nos alcançar.

Luta do São Paulo contra o Rebaixamento O São Paulo tem bom elenco, bom treinador. No início as coisas não se acertaram. Se for por qualidade e por técnica, não acredito (no rebaixamento). Mas aí entra a questão de confiança, tudo fica mais difícil. No ano passado, o Inter caiu com um time que não era ruim. Não tinha time para ser campeão? Tudo bem, mas não era para cair também. Mas foi rebaixado. No futebol, tudo pode acontecer.

Brasileirão ou Sul-Americana? Não adiante pensar no Racing se antes precisamos nos concentrar no jogo contra o Santos, que é muito importante. A cobrança em cima dos jogadores em relação a isso será feita do meu jeito, com tom de voz igual com todo mundo, pedindo concentração, etc.

Perda de jogadores em 2018 É o preço do sucesso. Em 2016 foi difícil. Perdemos cinco jogadores em janeiro. Depois mais três... fica complicado para refazer o conjunto. 

Confiança da torcida "A vitória sobre o Palmeiras no Campeonato Paulista foi fundamental. Você ganha moral em qualquer vitória, mas no clássico ganha mais. E neste ano ainda não perdemos nenhum clássico. Esse jogo foi o da mundança de chave. Até aquele momento, eram 17 mil pessoas por partida no estádio. Depois, sempre foi acima de 30 mil, 35 mil. Agora, estamos jogando para 40 mil. O torcedor passou a acreditar na equipe.

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Continuidade do trabalho Estou no Corinthians desde janeiro de 2009. Concordou com o goleiro Cássio (que na semana passada, em entrevista ao Estadão, afirmou que o atual elenco era o mais unido com quem ele já havia trabalhado). Concordo com ele. Os caras realmente são unidos. Já chamou a atenção na Flórida, nos EUA, durante a pré-temporada. O ambiente é muito descontraído. Sobre minha permanência, a tendência é que as coisas caminhem de forma natural para que eu siga na equipe. Até agora, não houve nenhuma conversa. Mas isso vai ocorrer em breve.

Exemplos na profissão Trabalhei com técnicos que para explicar o que queriam, contavam uma história de 15 minutos. É melhor ser direto. Vejam quanto tempo o Barcelona do Guardiola jogou junto. Aqui no Brasil, os treinadores precisam remontar os times de seis em seis meses. Eles precisam de tempo para fazer a engrenagem funcionar. É difícil.

Relação com a imprensa Não acompanho noticiário, não acompanho programas esportivos, se fala muitas coisas que não é verdade, você pode acabar saindo de suas convicções. Mas sei lidar muito bem com isso. No começo do ano, muita gente dizia que o 'Fábio não ia durar três jogos', que 'Jô não faria nem dois gols' e olha como estão as coisas hoje. Tudo é mais tranquilo.

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