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CBF anuncia futuro da seleção brasileira nesta quinta-feira

Após se reunir com Felipão e oficializar saída do técnico e de toda a comissão técnica, José Maria Marin se pronuncia

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Por Luiz Antônio Prosperi
Atualização:

José Maria Marin, presidente da CBF, anuncia quinta-feira seu projeto para o futuro da seleção brasileira após a queda na Copa do Mundo. O sucessor de Luiz Felipe Scolari ainda não está definido.

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Marín vai ouvir Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF e que toma posse em abril de 2015, alguns dirigentes aliados e parceiros de peso da entidade para definir o nome do novo técnico. Nesta segunda, em seu apartamento em São Paulo, Marin, ao lado de Del Nero, convocou Felipão para uma reunião e oficializou a demissão do treinador e de toda a comissão técnica da seleção.

Pressionado por parceiros da entidade e dirigentes aliados, Marin apressou a saída de Felipão ainda no domingo à noite, um dia após a derrota para a Holanda. Marin gostaria de se reunir antes com o treinador para depois anunciar a sua decisão de que aceitaria a demissão. Mas a informação foi divulgada com exclusividade pela TV Globo poucas horas após a conquista da Copa pela Alemanha.

Felipão foi dormir no domingo sem ser informado pela CBF da sua saída da seleção. Nesta segunda, no final da tarde, por volta das 17h, o treinador foi convocado para uma reunião com Marin e Del Nero no apartamento do presidente da CBF em um bairro de nobre de São Paulo.

A reunião se estendeu por uma hora. Na conversa, Marin disse a Felipão que a situação ficou insustentável depois da derrota por 3 a 0 para a Holanda na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo.

Felipão se reuniu com Marín e Del Nero na última segunda-feira Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Marin teria dito ainda ao treinador que era uma pena ter de aceitar a demissão. O presidente também teria garantido a Felipão que não foi ele quem vazou a informação para a Globo antes da confirmação oficial por parte da CBF.

Felipão não pediu demissão do comando da seleção. No sábado, após o jogo com a Holanda, o treinador disse que entregava o cargo porque havia combinado com Marin quando aceitou assumir o time em novembro de 2012. Seu último compromisso seria ao fim da participação do Brasil na Copa.

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Antes de entregar o cargo, Felipão iria se reunir com Marin para passar o relatório do seu trabalho de um ano e meio à frente da seleção. Com o desfecho da reunião de ontem, o relatório deve ser enviado pelo correio à sede da CBF no Rio.

Assim que Felipão deixou o apartamento de Marin, a CBF publicou uma nota oficial no site da entidade comunicando a saída de Felipão e de todos os seus assessores.

"O Scolari e toda a sua comissão técnica merecem o nosso respeito e agradecimento. Eles foram responsáveis por devolver ao povo brasileiro o seu amor pela seleção, mesmo não tendo alcançado o objetivo maior", disse Marin na nota.

NOVO TÉCNICO

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Na entrevista coletiva programada para esta quinta-feira na sede da CBF, Marin vai fazer um balanço do desempenho da seleção na Copa. O presidente também deve traçar o perfil do novo técnico do Brasil para assumir o time.

Não será surpresa se anunciar Alexandre Gallo, treinador e coordenador das categorias de base da CBF, o sucessor de Luiz Felipe Scolari. Marin nunca escondeu sua admiração por Gallo, desde que contratou o treinador no início de 2013 para assumir as seleções de jovens.

Na antevéspera do jogo contra a Holanda, Marin visitou a Granja Comary e se encontrou com Gallo e Roque Júnior, os dois observadores e analistas dos adversários do Brasil na Copa. No final da tarde, Marin deixou Teresópolis em direção ao Rio e fez questão de dar "uma carona" para Gallo até o Rio.

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Admirado por Marin, Alexandre Gallo tem no seu currículo passagens por Náutico e Portuguesa, entre outros clubes.

ESTRANGEIRO

A possibilidade de a seleção ser dirigida por um treinador estrangeiro é real, mas quase impossível. Marin e Del Nero não são favoráveis à ideia de se investir em um técnico de fora do País. Pep Guardiola e José Mourinho, os nomes mais comentados para dirigir a seleção, têm contratos longos com Bayern de Munique e Chelsea e recebem salários altos - quase três vezes a mais do que a CBF costuma pagar aos técnicos da seleção brasileira. 

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