A Fifa critica o comportamento dos juízes no Brasil e alerta: os árbitros precisam "ler a situação" e não dar falta a cada bola que toque a mão. Em entrevista a jornais brasileiros, Massimo Busacca, chefe de Arbitragem da Fifa, deixou claro que as decisões tomadas no Brasil não estão em linha com as orientações da Fifa. "A mão faz parte do jogador. Não há como pensar em um jogador sem mãos", indicou Busacca. Nas últimas semanas, a arbitragem do Campeonato Brasileiro tem causado diversas polêmicas, em especial por conta de lances de mão na bola. Segundo Busacca, "não se pode dar falta a qualquer toque de mão. "Isso é um absurdo", declarou. Para ele, o que precisa ser pensado é se a mão de um jogador estava ou não no local de forma "natural ou não-natural". "Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, para se equilibrar e para saltar", disse. "Não se pode jogar sem mão", declarou. Outro fator, segundo ele, que precisa ser avaliado é se o toque foi "intencional ou não". "Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão, isso deve ser punido", disse.
Busacca insiste que, em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das regras escritas e saber "ler" uma situação. "O juiz não pode só pensar como juiz e apenas aplicar o que está escrito", disse. "Um juiz precisa se colocar no lugar do jogador e entender um movimento", completou. Nesta semana, o presidente da CBF, José Maria Marin, deixou claro que estava "insatisfeito" com a arbitragem no Brasil.