Neste domingo, com duas rodadas de antecedência, o Cruzeiro venceu o Goiás por 2 a 1 e garantiu o quarto título nacional de sua história, o segundo consecutivo no Brasileirão. A equipe conseguiu a façanha registrando o melhor ataque e a melhor defesa, até o momento, da competição. Esses são dados que só comprovam a superioridade da equipe mineira.
Além do elenco, com a manutenção do técnico e dos principais jogadores, o Cruzeiro tem uma organização administrativa impecável. O clube sustenta boas receitas, paga os salários em dia e já não recorre com tanta frequência a um recurso comum até pouco tempo atrás: vender jogadores para cobrir as despesas. Confira cinco razões que fazem do Cruzeiro o bicampeão brasileiro. 1. Manutenção do técnico Quando Marcelo Oliveira assumiu o Cruzeiro, no início de 2013, centenas de torcedores foram na porta da Toca da Raposa, o centro de treinamento do clube, protestar contra a contração do treinador. A crítica era que Marcelo Oliveira ainda estava ligado ao Atlético-MG, clube que defendeu – e fez sucesso – quando era jogador. Após fazer um bom trabalho no Coritiba, foi duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil, e uma rápida e frustrante passagem pelo Vasco, o treinador "encaixou como uma luva" no Cruzeiro e conquistou merecidamente o bicampeonato nacional.
2. Elenco mantido e reforçado Além de manter as principais peças da conquista do Campeonato Brasileiro de 2013, como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dedé, Dagoberto e Fábio, a equipe ainda trouxe peças que se encaixaram no elenco e foram importantes durante o longo campeonato, casos de Julio Baptista e Marcelo Moreno.
3. Regularidade O Cruzeiro, sem dúvida, aprendeu como disputar o Brasileirão. Na temporada anterior, foi campeão com quatro rodadas de antecedência ao derrotar o Vitória por 3 a 1 no Barradão. Este ano, restando duas rodadas para o fim da competição, mais uma vez o campeão está definido. A equipe soube manter a regularidade durante a competição, com um elenco forte, deu prioridade a outro torneios, como Libertadores e Copa do Brasil em certos momentos, mas sem enfraquecer a equipe durante o Nacional, como na última vitória contra o Grêmio, no Rio Grande do Sul, com elenco misto.
4. Organização administrativa O Cruzeiro se reestruturou em 2012 e refez todo o planejamento do clube na metade do ano, quando acabou eliminado pelo América-MG, na semifinal do campeonato Estadual. A equipe, atualmente, conta com um elenco forte e dificilmente se desfaz de um jogador para manter as contas em dias. Pelo contrário. Com uma organização administrativa impecável, aumentou as receitas e consegue manter o clube no azul, um dos poucos no País.
5. Torcida no Mineirão O jogo decisivo, além da taça, deu ao time a liderança no ranking de público após 36 rodadas. Em média, 28.780 torcedores assistiram às 18 partidas da equipe como mandante. Com aproveitamento de 84,5%, o Cruzeiro fez do Mineirão um palco de triunfos consecutivos sofrendo apenas duas derrotas: para Corinthians e Atlético-MG.