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Com 3 de Henrique, Palmeiras derrota a Chapecoense em casa

Equipe paulista sofre o primeiro gol no Pacaembu, mas consegue fazer quatro gols no segundo tempo e virar sobre o time catarinense

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O Palmeiras saiu da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Os 4 a 2 sobre a Chapecoense, nesta quinta-feira, no Pacaembu, podem trazer a confiança que o time precisa para escapar da degola. Henrique fez três gols e se tornou um dos artilheiros do torneio, ao lado de Marcelo Moreno, com 12 gols. O Palmeiras não marcava quatro gols desde 26 de janeiro, quando ganhou por 4 a 1 do Atlético Sorocaba, pelo Paulistão.

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Valeu a pena o Palmeiras recorrer a todas as manobras jurídicas para ter Valdivia em campo. Com ele, o jogo sai da mesmice. O chileno faz muito bem o simples e tem seus momentos de encantamento, que um dia justificaram o apelido de Mago.

Foi dele, por exemplo, o passe entre as pernas do zagueiro, toque de sinuca para Diogo, que achou Henrique, livre. Aí, o pecado do lance: o atacante deu um chute chocho, sem vontade, no meio do gol, o que facilitou o corte de Rodrigo.

Isso aconteceu aos 13. Antes desse lance, o jogo havia sido mascado no meio, com idas e vindas sem sucesso dos dois lados. A Chapecoense fez jus ao retrospecto de não ter perdido para o Palmeiras nos três jogos anteriores. Colocou a marcação adiantada, tocou a bola no meio com Zezinho e Camilo e fez o seu jogo. É um time organizado, que não se acanha diante dos gigantes – já havia vencido o São Paulo e empatado com o Corinthians.

E saiu na frente do Palmeiras. Aos 40, Leandro recebeu entre os zagueiros – estocada que já havia se anunciado antes – e tocou para calar o Pacaembu. Gabriel Dias demorou para chegar e Deola não segurou. O time paulista precisou de cinco minutos para se recuperar. Em cobrança de falta ensaiada, Valdivia tocou para Victor Luis, que acertou um chute quase perfeito no ângulo. Defesa extraordinária de Danilo.

Essa chance, no entanto, foi um ponto fora da curva. No primeiro tempo, não funcionou o plano tático de Dorival de apostar na aproximação dos meias ao ataque e muito menos o sistema de marcação – Marcelo Oliveira ficou sobrecarregado. Em dois lances, Wesley reescreveu sua história na partida. No primeiro, errou um passe fácil aos 2 minutos, que ilustrou sua atuação apática até então. Fabinho Alves perdeu a chance de definir a partida.

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Esse foi o pecado mortal da Chapecoense e a chance de redenção de Wesley. Quatro minutos depois, ele se redimiu com um belo chute da entrada da área e empatou a partida. Com o empate, o Palmeiras resgatou a confiança de um gigante de oito títulos brasileiros e o time catarinense desabou. Os gols foram saindo um após o outro, sempre com Henrique. Aos 12, ele virou o jogo, todo desengonçado, colado na trave.

Os outros dois foram feitos de pênalti, aos 20 e aos 24. Henrique cobrou ambos com categoria, mas, antes da batida, teve de discutir com Cristaldo, que queria fazer a cobrança. Foi o técnico Dorival quem interveio. Na comemoração, eles se abraçaram e aparentemente selaram a paz. Todo o grupo se aproximou para celebrar uma vitória que pode representar um recomeço para o time. Nos acréscimos, Leandro diminuiu para a Chapecoense, em outro vacilo do Palmeiras.

FICHA TÉCNICA: 

PALMEIRAS 4 x 2 CHAPECOENSE

PALMEIRAS - Deola; João Pedro, Lúcio, Gabriel Dias, Juninho; Marcelo Oliveira, Wesley (Bruno César), Victor Luis, Valdivia (Bruninho); Henrique e Diogo (Cristaldo). Técnico: Dorival Júnior.

CHAPECOENSE - Danilo; Fabiano (Ednei), Rafael Lima, Grolli, Rodrigo Biro; Abuda, Ricardo Conceição (Wanderson), Zezinho (Nenén), Camilo; Leandro e Fabinho Alves. Técnico Jorginho.

GOLS - Leandro, aos 40 minutos do primeiro tempo. Wesley, aos 6, e Henrique, aos 12, aos 20 (pênalti) e aos 24 (pênalti), e Leandro, aos 47 minutos do segundo tempo.

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CARTÕES AMARELOS - Zezinho, Fabinho Alves, Rafael Lima, Rodrigo Biro.

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).

RENDA - R$ 304.500,00.

PÚBLICO - 14.299 pagantes (15.447 no total).

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

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