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Construtora critica Conmebol por vetar propaganda em estádio do Palmeiras

Entidade ameaça tirar jogos do Palmeiras do Allianz Parque

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Por Redação
Atualização:

A WTorre, construtora responsável pelo Allianz Parque, divulgou nesta sexta-feira um comunicado criticando a Conmebol por determinar que o nome da arena seja coberta em todos os jogos em que o Palmeiras for mandante na Libertadores. A informação do possível veto foi publicada pela Folha e confirmada pela reportagem do Estado. Entretanto, tanto Palmeiras quanto a construtora mostram otimismo em conseguir convencer a entidade máxima do futebol sul-americano a aceitar que a marca da seguradora que dá nome ao estádio apareça normalmente durante os jogos. No começo do mês, membros da Conmebol visitaram a arena palmeirense e determinaram que o nome do estádio fosse coberto. O Palmeiras comunicou a construtora, que já avisou que não pretende seguir a determinação. Assim, o clube voltou a conversar com a entidade, explicou a situação e agora aguarda por uma resposta.

Conmebol ameaça tirar jogos do Palmeiras na Libertadores do Allianz Parque Foto: Alex Silva/Estadão

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Enquanto isso, a responsável pelo estádio alviverde atacou e disse que a Conmebol está colocando seus interesses acima dos interesses do espetáculo. O manifesto, intitulado “Em prol da sustentabilidade do Futebol brasileiro” e assinado por Eliane Sobral, Diretora de Comunicação e Relação Institucionais, pediu que a entidade compreenda o avanço da economia. Leia o manifesto: MANIFESTO EM PROL DA SUSTENTABILIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO

Dar Valor a quem Gera Valor É muito oportuno o interesse gerado pela notícia de que o Palmeiras pode não jogar a Libertadores no Allianz Parque. Já é passada a hora de iniciarmos o debate de um tema de fundamental importância aos amantes do maior espetáculo da terra, o futebol: a sustentabilidade dos clubes e, por consequência do próprio esporte.

Em mercados maduros como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha entre outros, a independência dos times de futebol está diretamente ligada à capacidade dos clubes de gerarem receita e se auto sustentarem. Este modelo, absolutamente vencedor por seus resultados, não apenas não é questionado pelos atores envolvidos, como é incentivado pelas organizações e entidades que orbitam em torno do esporte – emissoras de televisão, patrocinadores de camisa, fornecedores de uniformes oficiais, detentores dos naming rights, licenciadores e outros tantos.

A lista de empresas que participaram de alguma forma do futebol brasileiro é imensa. Assim como também o é a de histórias de frustração e desistência. E aqui cabe a pergunta: por que, no país do futebol, na oitava maior economia do mundo, a sustentabilidade dos clubes é relegada a segundo plano ou, melhor dizendo, é suplantada em nome de organizações e entidades que pouco produzem para o aperfeiçoamento das práticas esportivas, para gerar maior competitividade, para oferecer um produto de alto nível ao consumidor/torcedor? E nem se discute, neste momento, a probidade e lisura com que tratam o esporte.

Ao recomendar que a Sociedade Esportiva Palmeiras retire de seu estádio, o Allianz Parque, toda e qualquer forma de exposição de marcas que firam os direitos de seus patrocinadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) coloca seus próprios interesses acima dos interesses do protagonista do espetáculo. Os interesses comerciais e financeiros da Sociedade Esportiva Palmeiras e de todos os outros clubes têm de estar acima de quaisquer outros.

Um time se faz grande por sua história, por suas conquistas e por sua torcida. Por trás desse tripé estão empresas que entendem o poder desta combinação e desta marca. Entendem e acreditam a ponto de desembolsar altas quantias para fomentar a sustentabilidade do esporte. Sem ingerências e sem interferências.

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O patrocínio esportivo ainda dá seus primeiros passos no Brasil e nos sentimos orgulhosos de protagonizar esta história recente. O maior e mais longo contrato de naiming right deste país foi assinado por nós e uma das maiores seguradoras do mundo. Que aliás, investe em nada menos que cinco arenas ao redor do mundo. Levamos para dentro de campo a expertise que rege o mundo dos negócios e hoje, não há neste país quem não saiba o que significa o nome Allianz Parque ou desconheça seu endereço.

O Allianz Parque não é apenas o novo ícone de uma das maiores megalópoles do mundo. Ele é sinônimo de conforto e modernidade – diferentemente dos equipamentos oferecidos nos países onde se desenvolve a Libertadores. Somos referência. E temos que ser tratados como tal dentro e fora do país.

Estamos apenas começando um caminho – sem volta – no sentido de que a sustentabilidade do futebol dependa única e exclusivamente da capacidade administrativa dos clubes e da consequente competência de atrair parceiros para as cores de sua camisa.

Eliane Sobral

Diretoria de Comunicação e Relações Institucionais

WTorre

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