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Contra-ataque do time mexicano preocupa Felipão e o jogadores

Laterais brasileiros são outro fator de apreensão. Por isso, técnico buscou melhorar posicionamento defensivo no treino da equipe

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Por Redação
Atualização:

O contra-ataque é apontado pelos brasileiros como um dos principais, senão o principal, recurso do México. Ao mesmo tempo, as bolas nas costas dos laterais da seleção têm sido uma das preocupações do técnico Luiz Felipe Scolari. Por isso, no curto treino coletivo deste domingo, ele procurou melhorar o posicionamento defensivo, pensando em correr o menor risco possível na partida desta terça-feira no Castelão.

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O lado direito da defesa da seleção tem se apresentado como o mais vulnerável desde os amistosos que antecederam a estreia na Copa. E no jogo contra a Croácia Daniel Alves levou várias bolas nas costas, exigindo intenso trabalho de cobertura. Esse foi um dos pontos enfatizados ontem e certamente será hoje, no treino de reconhecimento do gramado do Castelão. Os últimos 45 minutos serão fechados, sem a presença de torcedores e jornalistas.

Pelo que se observou no treino, o zagueiro Thiago Silva deve ser o primeiro encarregado de dar cobertura a Daniel Alves, com Luiz Gustavo cobrindo o seu setor. Mas, dependendo da velocidade da jogada e do posicionamento, o volante dará socorro direto ao lateral. Oscar também tem como missão ajudar, como fez contra os croatas, fechando espaços no campo defensivo e, se for possível, roubando bolas ainda no início das jogadas mexicanas.

Seleção se prepara para as segunda partida na Copa, contra o México Foto: Alex Silva/Estadão

No entanto, se Hulk não jogar, Ramires ficará com a responsabilidade de dar apoio na cobertura dos buracos na lateral-direita. Oscar, neste caso, passará a se preocupar mais em dar suporte ao lado esquerdo da defesa brasileira.

As subidas de Marcelo e o consequente espaço deixado às suas costas também devem merecer atenção especial, pois Herrera e Aguillar costumam ocupar bastante o lado direito do ataque mexicano. 

Pelo menos foi assim contra Camarões, quando o time asteca fez mais ações ofensivas pela direita – até pelo fato de o principal jogador do time, o meia Giovani dos Santos, atuar pelo setor – mais do que pela esquerda, com Guardado e os avanços do ala Layon.

O meia, que joga no Villarreal da Espanha, aliás, é uma preocupação à parte: "Eles têm um jogador que admiro muito, o Giovani dos Santos. Temos de nos preocupar com ele, que é habilidoso e se movimenta bem", disse, ontem, o atacante Hulk. No entanto, ele pondera: "O forte do México é o coletivo".

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O zagueiro David Luiz deve fazer a cobertura do lateral-esquerdo. Nos minutos finais do treino deste domingo, no entanto, Felipão colocou Thiago Silva pelo lado esquerdo da defesa e por duas vezes ele foi o primeiro a socorrer Marcelo – talvez pelo fato de David Luiz ser intempestivo e entrar para “rachar’’ ao sair para a cobertura, o que o torna mais exposto a um cartão.

Luiz Gustavo também socorre o lateral-esquerdo, quando necessário, e Hulk (se jogar) ou Oscar também estarão encarregados de ajudar.Felipão também quer que os homens de frente e Paulinho, dependendo das circunstâncias, pressionem a saída de bola mexicana para evitar a armação de contra-ataques. 

"O México tem uma boa saída de bola, também, e contra-ataques rápidos", observou o meia Oscar, para quem o Brasil estará "afinado" na tarde de amanhã. "Antes do primeiro jogo treinamos o melhor jeito de enfrentar a Croácia e agora faremos o mesmo em relação ao México."

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