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Contratação de Rogério Ceni antecipa disputa política no São Paulo

Oposição vê novidade como estratégia para reeleição de Leco, que garante que pesou o critério técnico na decisão

Por Paulo Favero
Atualização:

A contratação de Rogério Ceni como técnico do São Paulo antecipou as discussões políticas no clube já visando à eleição presidencial de abril. Grupos de oposição acusam o atual mandatário, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, de usar isso como estratégia para se reeleger no pleito. Mesmo alguns conselheiros da situação viram a chegada do ídolo com um pouco de estranheza. Leco, por sua vez, avisa que o critério de escolha foi técnico. Até porque os pedidos de demissão de Ricardo Gomes vinham de todas as partes e ele, ao lado do diretor executivo de futebol, Marco Aurélio Cunha, seguraram o antigo comandante o quanto puderam, acreditando que com tempo ele poderia fazer um bom trabalho. Mas os resultados ruins na reta final do Brasileirão custaram o cargo de Gomes. "O Rogério Ceni sempre foi um protagonista. Nos últimos 12 meses, mostrou ambição em se qualificar para uma nova função no futebol, estudou com os melhores do mundo, e nos convenceu ao apresentar um projeto consistente e contemporâneo de futebol para o São Paulo. É uma figura de enorme importância para o clube que chega com a determinação de ser o melhor novamente, dessa vez como treinador", afirmou Leco ao site do clube.

Leco é presidente do São Paulo Foto: Alex Silva/Estadão

Para a decisão de trazer Ceni, o dirigente jura que o viés político não pesou e até se irritou com pessoas próximas que insinuaram que isso poderia ajudá-lo. Ele também sabe que Ceni, de personalidade forte, não aceitaria ser usado para fins eleitorais. Só que é inevitável imaginar que o ex-goleiro terá um peso na eleição, que pode ter mais de três candidatos a presidente.

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