A final da Copa América terá, entre outros duelos, a Pulga contra o Mago, Kun contra o Príncipe Charles e o Chefinho contra o Rei Artur. Estes são alguns dos apelidos dos jogadores argentinos e chilenos que vão disputar a final do torneio continental neste sábado em Santiago.
Tradição na maioria dos países sul-americanos, os apelidos são uma espécie de segundo batismo e denotam carinho e proximidade. Diante de uma multidão de jornalistas e torcedores, Higuaín não olha quando o chamam pelo nome. Mas, ao ouvir “Pipita”, ele vira a cabeça e acena para a torcida. No Brasil, é praticamente o contrário, pois os apelidos são quase sempre jocosos ou pejorativos.
No caso da seleção argentina, as explicações de cada apelido vêm da infância ou de traços pessoais. Kun é o personagem de desenhos infantis preferido pelo atacante Sergio Agüero; Pulga se refere à estatura de Messi (1,69m); e Pipita é uma lembrança ao nariz de Higuaín (seu pai, também jogador, era Pipa). Nenhum deles se incomoda ao ser chamado pelo apelido.
As alcunhas dos jogadores chilenos têm uma particularidade. Elas refletem o momento de afirmação da seleção, que busca o primeiro título de sua história. Quase sempre os nomes se referem a grandes personalidades históricas. O volante Charles Aránguiz, que atua no Internacional, é o Príncipe Charles; Arturo Vidal é o rei Artur e Valdivia, conhecido dos brasileiros, é o Mago.
Também existem os apelidos de gosto duvidoso. O zagueiro Gary Medel, por exemplo, é chamado de Pitbull por causa de seu estilo viril. Carismático, ele é idolatrado no Chile. Mas foi ele quem deu um pisão em Neymar no último amistoso entre as duas seleções em Londres. Medel adora o apelido, mas os adversários, nem tanto.