Apesar de uma cidade parada e o temor de caos para o primeiro dia da Copa do Mundo, a Fifa insiste em adotar um tom positivo sobre o Mundial. "Mesmo com as críticas que eu recebi, quero que todos entendam que a Copa vai começar no espírito certo", declarou Joseph Blatter, presidente da Fifa. "O Brasil finalmente gosta de futebol", disse, lembrando como a abertura da Fan Fest reuniu mais de 55 mil pessoas no fim de semana.
Questionado pelo Estado se a manutenção da greve preocupava, o secretário-geral da Fifa, Jèrôme Valcke, minimizou todos os problemas. "Não estamos preocupados", disse.
Mas, nos bastidores, membros da equipe responsável pela segurança da Copa confessaram ao Estado que, se a greve for mantida, o temor é de que "sérios problemas" sejam enfrentados pelos torcedores. "Será um pesadelo se isso continuar", declarou o responsável, em condição de anonimato.
A Fifa não escondia seu alívio quando o Tribunal Regional do Trabalho declarou, no domingo, a ilegalidade da greve. Mas se surpreendeu quando os sindicatos decidiram manter a paralisação.
O Estado apurou que Fifa e governo estão trabalhando em um plano de contenção e uma forma de garantir o transporte dos torcedores se a greve for mantida.
Há poucos dias, o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, classificou a greve como "um probleminha pequeno" e sugeriu que, se o metrô não funcionasse, torcedores deveriam ir ao estádio de Itaquera de "ônibus ou carro".