PUBLICIDADE

Publicidade

Corinthians apresenta time feminino e meninas sonham jogar na Arena

Em 2019, clubes serão obrigados a ter equipe de mulheres para a disputa da Libertadores

Por Daniel Batista
Atualização:

Atual campeão da Libertadores feminina, em parceria com o Audax, o Corinthians encerrou a parceira com o time de Osasco e criou sua própria equipe, que foi apresentada nesta quarta-feira, no CT Joaquim Grava. As meninas corintianas já sonham um dia ver a Arena Corinthians lotada para ver um jogo delas. 

"Nós gostaríamos de jogar lá. A  condição na Arena é a melhor possível para se jogar futebol, mas sabemos que para o futebol feminino não vão abrir a casa, com muito custo, para todos os jogos. Mas eventualmente para jogos decisivos nos interessa e teria até mais visibilidade", disse o técnico Arthur Elias.

Elenco do time de futebol feminino do Corinthians é apresentado Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Apesar do pedido, o treinador disse que o time está feliz e só tem elogios ao Parque São Jorge, local onde manda seus jogos. "Jogar no Parque São Jorge é excelente para nós. O campo foi reformado e está excelente. É um estádio mais acanhado, mas que cabe 8 mil ou 10 mil pessoas numa final".

Além de Arthur, o elenco todo esteve presente no CT Joaquim Grava e a zagueiro Alline Caladrini e a meia Grazi deram entrevistas representando o time. 

Grazi é uma das líderes do elenco. "O fato de vestir essa camisa pelo terceiro ano seguido e estar com minhas companheiras é muito motivador. Apesar dos 22 anos de carreira, minha vontade diária é de estar com elas", contou. 

Publicidade

Uma das novidades deste ano é que, com o fato do time ser apenas do Corinthians, as meninas vão utilizar as mesmas instalações da base corintiana. "É um novo momento do futebol feminino no clube, agora dentro do Corinthians, antes era gestão compartilhada, agora é gestão única. Estamos muito orgulhosos", contou Arthur. 

A partir de 2019, a Conmebol exigirá que os clubes que disputem a Copa Libertadores tenham times femininos. "Queremos uma sociedade que invista mais no esporte, que seja mais natural. Existem medidas que hoje estão ajudando a modalidade. A obrigatoriedade hoje se faz justiça à falta de apoio que teve por tanto tempo na modalidade. Queremos condições básicas de trabalho para elas, que sejam remuneradas e reconhecidas. O Corinthians sai na frente, como o Santos, que tem um time há bastante tempo. Desses times de camisa terem um time feminino. Que se faça de uma forma organizada e respeitosa, como temos aqui", completou o treinador.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.