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Corinthians domina Palmeiras, faz 2 a 0 e dispara no Brasileirão

Alvinegro se impõe na casa do rival e continua absoluto no Campeonato Brasileiro

Por Ciro Campos
Atualização:

A calma superou a loucura e foi a chave para definir quem é o invicto supremo. O Corinthians jogou com a precisão de sempre para aplicar 2 a 0 no Palmeiras, nesta quarta, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. Líder disparado da competição, o time alvinegro superou a pressão do maior rival para chegar ao 27º jogo seguido sem perder e derrubar o Alviverde em casa após 31 jogos e quase um ano de invencibilidade. Agora os dois clubes estão separados na tabela por 16 pontos.

O frio e ponderado Corinthians enfrentou a pressa e a insanidade do Palmeiras. O “pilhado” time da casa tinha tanta vontade em reduzir de 13 para dez pontos a diferença, ganhar do rival em casa e diminuir a expectativa da torcida, que era mais desespero e menos futebol.

Jadson comemora gol que abriu o placar no Allianz Parque. Foto: Alex Silva/Estadão

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Prevaleceu, porém, a organização e a tranquilidade de quem sabe a hora de definir o jogo. Os adversários conhecem de cor a escalação do Corinthians, como é o estilo de jogo e quais os pontos fortes. Só não descobriram como deter o cada mais vez favorito ao título.

O clichê de tratar o clássico como um campeonato à parte mexeu com os clubes. As delegações saíram rumo ao estádio cercadas de festa pelas torcidas e em campo sentiram o público bastante exaltado. O locutor da arena encerrou o anunciou das escalações com o chamado para os palmeirenses gritarem, pedido prontamente aceito e repetido a cada simples dividida.

O público inteiramente alviverde perseguiu com vaias o ex-palmeirense Gabriel durante o jogo e viu o time nervoso em campo, contaminado pelo excesso de vontade. Nos 20 primeiros minutos errou passes demais, mesmo com 71% de posse de bola. O Corinthians permaneceu paciente, ao estilo habitual, e tratou de confiar na firme defesa enquanto o adversário tocava a bola sem levar perigo.

O estilo tranquilo corintiano era próprio de quem é confiante e parece ter a certeza da oportunidade para golpear. A chance do bote veio no desarme errado de Bruno Henrique em Guilherme Arana. O ex-corintiano fez falta na área e deu a chance para Jadson converter o pênalti, aos 22 minutos de jogo. Era a senha para o Palmeiras aumentar de vez o nervosismo.

Fernando Prass observa corintianos comemorarem o gol de Guilherme Arana. Foto: Werther Santana/Estadão

A partida virou de vez o confronto de ataque contra defesa. O sufoco desordenado do Palmeiras teve momentos de zagueiro Mina como armador e de Róger Guedes correr tanto que esqueceu da bola. O melhor momento do primeiro tempo foi a reclamação de um pênalti por toque na mão. O calmo e organizado Corinthians soube conter esse ímpeto.

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O técnico Cuca mexeu no segundo tempo e deixou o time com cinco atacantes de origem em campo. A pressão serviu para intensificar a aula defensiva dada pelo Corinthians. O principal “professor” era Pablo. Bem posicionado a cada cruzamento, ele era a grande proteção para manter Cássio imune pela sétima rodada consecutiva.

O Corinthians suportou a pressão à espera de nova ferroada. Aos 19 minutos da etapa final o zagueiro Balbuena lançou para Guilherme Arana bater cruzado e ampliar. Era o golpe tão aguardado e decisivo.

A desvantagem selou a revolta da torcida do Palmeiras. Antes tão empolgada, ficou irritada com os inúmeros erros de um time que investe muito, mas não se organiza em campo. Nesse fundamento, aliás, o Corinthians é exemplo. A tática e a calma são as chaves da supremacia do futebol de campeão.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 0 x 2 CORINTHIANS

Gols: Jadson, aos 22 do 1º tempo; Guilherme Arana, aos 19 do 2º tempo.

PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Mina, Edu Dracena e Egídio (Zé Roberto); Thiago Santos (Keno), Bruno Henrique (Borja) e Guerra; Róger Guedes, Willian e Dudu. Técnico: Cuca.

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CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Pablo (Pedro Henrique), Balbuena e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho (Camacho) e Romero; Jô. Técnico: Fábio Carille.

Juiz: Leandro Pedro Vuaden (RS).

Cartões amarelos: Thiago Santos, Rodriguinho, Dudu, Jadson,Cássio, Guilherme Arana e Borja.

Público: 39.091 pagantes.

Renda: R$ 2.744.600,04.

Local: Allianz Parque, em São Paulo

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