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Corinthians e Palmeiras fazem o primeiro dérbi do centenário

Com campanhas idênticas, Corinthians e Palmeiras se enfrentam em Itaquera, em uma partida onde os novatos treinadores buscam acabar com a desconfiança

Por Ciro Campos e Daniel Batista
Atualização:

Corinthians e Palmeiras abrem nesta quarta-feira, às 21h45, os confrontos no ano do centenário do clássico, em jogo de muitas coincidências entre as equipes. Os rivais se enfrentam pelo Campeonato Paulista na Arena Corinthians com campanhas idênticas pela competição, esquemas táticos iguais e comandados por treinadores novatos no cargo e em busca de acabar com a desconfiança.

Quase cem anos depois do primeiro jogo entre os clubes, realizado em maio de 1917, a partida marca o início de campanhas de marketing e beneficente realizadas em conjunto pelas diretorias para marcar o aniversário do encontro. 

Prass e Cássio passam segurança no gol de Palmeiras e Corinthians Foto: Cesar Grecco|Agência Palmeiras e Daniel Augusto Jr|Agência Corinthians

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Os técnicos Fábio Carille e Eduardo Baptista vão para o primeiro dérbi da carreira e, por isso, buscam a afirmação nos cargos. Os dois começaram o ano sem cativar apoio da torcida, como foi o caso do palmeirense, vaiado no último jogo do time no Allianz Parque.

Por se tratar apenas da quinta rodada do Estadual, o clássico não apresenta um favorito. As duas equipes fizeram campanhas idênticas, três vitórias e uma derrota, e vão a campo com o mesmo esquema tático: o 4-1-4-1 é o escolhido na prancheta dos dois técnicos.

As coincidências entre os rivais terminaram no estilo da preparação. O Corinthians treinou ontem no fim da tarde na arena, com a presença da torcida, bandeiras e gritos contra o rival. O Palmeiras preferiu o trabalho reservado na Academia de Futebol, em atividade fechada à tarde. 

Maycon será a novidade do Corinthians no lugar de Camacho. A intenção de Carille é marcar o Palmeiras no campo de ataque e o garoto, que não participou dos primeiros jogos por estar com a seleção brasileira sub-20, será importante nesta pressão em cima do adversário. Outra novidade, já esperada é a entrada de Marlone no lugar de Léo Jabá. No ataque, Kazim ganhou a vaga de Jô e será titular.

O técnico Fábio Carille admite ver o rival mais preparado. “Vejo o momento do Palmeiras um pouco melhor, pois mexeu pouco. Perdeu um jogador vendido (Gabriel Jesus) e tem dois machucados (Tchê Tchê e Moisés), mas é uma equipe pronta. Nós mexemos bastante no elenco e estamos buscando melhorar a cada treino”, analisou. 

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Apesar do poderio histórico como mandante na arena, o Corinthians tem dificuldades ao enfrentar o Palmeiras. Em quatro encontros foram duas derrotas. A última delas por 2 a 0, em setembro do ano passado.

O comandante corintiano sabe que o resultado de hoje pode influenciar diretamente seu trabalho no dia a dia. Entretanto, ressalta a necessidade de todos do grupo se conscientizaram da necessidade de um bom resultado. “Não trago essa desconfiança só comigo. Uma vitória vai fortalecer todo mundo para ter um ano brilhante. Vitória em clássico é sempre importante e fortalece um todo”.

No Palmeiras, o desafio é suprir a perda de Moisés, machucado. A tendência é Guerra e Raphael Veiga atuarem na função do camisa 10, no auxílio à marcação e na criação. 

Os jogadores reforçaram o apoio ao treinador e prometem ajudá-lo a conquistar a confiança dos torcedores. “A pressão não é pela fase, é por ser um time grande. O Eduardo não é uma pessoa e o nosso time, outra. Somos um conjunto, que joga e sofre juntos”, disse Veiga.

O meia vai viver no clássico a experiência diferente de poder defender o time do qual torce diante do rival. Ex-Coritiba, Raphael é de família de palmeirense e se recorda ter ido ao estádio acompanhar o dérbi quando era criança. 

  Foto: Arte|Estadão
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