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CPI do Futebol aprova relatório que não pede indiciamento de cartolas da CBF

Romário promete enviar documento alternativo ao Ministério Público

Por Isabela Bonfim e BRASÍLIA
Atualização:

A CPI do Futebol encerrou nesta quarta-feira suas atividades ao votar o parecer final do relator Romero Jucá (PMDB-RR), que não pede o indiciamento de dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol, mesmo com indícios de esquemas de corrupção envolvendo o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e os seus antecessores, José Maria Marin e Ricardo Teixeira.

Del Nero é um dos alvos do relatório do senador Romário Foto: Wilton Junior/ Estadão

Na última reunião do colegiado, há duas semanas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o presidente da comissão, o ex-jogador Romário (PSB-RJ), apresentaram um relatório alternativo, em que pediam ao Ministério Público o indiciamento de 7 ex-diretores da CBF, além de dois empresários que assinaram contratos com a entidade.  Romário e Randolfe alegaram que o relatório oficial da comissão era "chapa branca" e ignorava as investigações que apontavam ocorrência de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e formação de organização criminosa. De fato, Jucá admite em seu parecer que a CPI teve acesso a documentos que reforçavam o indício de crimes, mas que não seria a instituição mais adequada para dar prosseguimento à investigação. Por isso, ele apenas determina que os documentos sejam enviados para o Ministério Público e Receita Federal. O líder do PT, senador Humberto Costa (PE) minimizou a questão e defendeu que, independentemente de qual relatório é o oficial, nada impede que as autoridades usem as informações dos dois para dar prosseguimento às investigações. "Não faz diferença se o relatório votado será o oficial ou o alternativo. Ambos podem ser encaminhados para as instituições responsáveis. Já houve relatórios alternativos aqui que tiveram muito mais repercussões do que os relatórios oficiais. Isso não é um problema", afirmou.  Nesta quarta-feira, os senadores preferiram votar o relatório oficial, que foi aprovado simbolicamente. Entretanto, Romário afirmou que o relatório alternativo também será enviado às autoridades competentes.

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