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Craques rivais são velhos conhecidos de Willian

Jogadores já se enfrentaram pelo Sul-Americano Sub-20

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Um atleta da seleção brasileira conhece muito bem alguns jogadores do Chile, em especial os dois craques da equipe do técnico Jorge Sampaoli. Em 2007, no Sul-Americano Sub-20, em que Willian – que hoje é opção do técnico Luiz Felipe Scolari para mudar o jogo no segundo tempo –, se destacou, despontaram para o futebol Arturo Vidal e Alexis Sánchez. A competição daquele ano foi disputada no Paraguai. Brasil e Chile se enfrentaram em duas oportunidades. A primeira logo na estreia, dia 7 de janeiro, com vitória da seleção brasileira por 4 a 2, em Pedro Juan Caballero. Depois no hexagonal final, com empate por 2 a 2, em Luque, no dia 21 de janeiro. Sánchez marcou gol no primeiro jogo. Vidal fez os dois no segundo confronto, em uma partida que terminou em confusão. A marcação de um pênalti para o Chile, que perdia por 2 a 1, nos acréscimos gerou revolta nos brasileiros. O árbitro, o colombiano Albert Duarte, foi agredido pelo volante Fernando, que ontem trocou o Porto pelo Manchester City.

Willian é opção de Felipão para o segundo tempo Foto: Wilton Junior/Estadão

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Técnico da seleção brasileira naquele Sul-Americano, Nélson Rodrigues guarda até hoje, sete anos depois, anotações que fez na época sobre os chilenos antes da competição. Sánchez era o maior temor. "Sánchez era muito rápido, habilidoso, não dava para dar espaço porque ele era muito perigoso", relembrou o treinador. Além de Sánchez e Vidal, Gary Medel, Maurício Isla, Carlos Carmona e Cristopher Toselli também estavam naquela equipe chilena e agora vão reencontrar Willian e o Brasil. “Aquela seleção tinha muita qualidade, até o esquema tático é parecido com o do Sampaoli. O Chile tinha uma equipe melhor até que a da Argentina, com o Di María”, afirmou Nélson Rodrigues, citando o craque do Real Madrid. Willian, então apenas uma promessa no Corinthians, terminou o torneio como campeão com o Brasil. Os chilenos ficaram em quarto e, assim como os brasileiros, garantiram vaga para o Mundial do Canadá disputado meses depois. A seleção brasileira se classificou, também, para os Jogos Olímpicos de Pequim, já que, naquele ano, pela primeira vez, o Sul-Americano Sub-20 foi instituído como Pré-Olímpico. As exibições de Sánchez foram bastante convincentes. O atacante, que defendia o Cobreloa, deixou o Paraguai diretamente para o futebol italiano. À época, o negócio gerou polêmica, já que o jogador foi liberado durante o torneio para ir realizar exames médicos na Udinese e assinar contrato, embora o acerto tivesse acontecido antes do início da competição. Sánchez ainda jogou por Colo Colo e River Plate por empréstimo antes de ir definitivamente para o futebol europeu. Após se destacar na Udinese, o atacante foi negociado com o Barcelona, equipe que defende desde 2012.

A saída de Vidal não foi imediata. O Sul-Americano de 2007 serviu como cartão de visitas aos europeus. O chileno terminou como vice-artilheiro, com seis gols, um atrás do uruguaio Edinson Cavani, hoje também na Copa do Mundo. O desempenho no torneio no Paraguai, somado com as boas atuações no Mundial daquele mesmo ano, convenceram o técnico do Bayer Leverkusen, Rudi Voller, a investir no jogador. Os alemães pagaram US$ 11 milhões para tirá-lo do Colo Colo, em julho de 2007. Vidal ficou no Bayer até 2011, ano em que viveu sua melhor temporada, antes de ir jogar na Juventus, da Itália. Agora Sánchez e Vidal cruzam novamente o caminho do Brasil.

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