Publicidade

Dirigente russo diz que bandeiras LGBT serão toleradas durante a Copa

Segundo Alexei Smertin, turistas não serão enquadrados na lei que proíbe propaganda da homossexualidade

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Proibida por lei na Rússia, a exibição de símbolos LGBT será tolerada durante a Copa do Mundo, garantiu um alto dirigente esportivo russo nesta quinta-feira. Alexei Smertin, inspetor antirracismo e antidiscriminação da Federação de Futebol da Rússia, garantiu que não haverá repreensão ou multa no Mundial de 2018.

"Com certeza não haverá nenhuma proibição por exibir imagens de arco-íris na Rússia. Está claro que você pode vir aqui e não sofrer qualquer multa por expressar os seus sentimentos", declarou Smertin, que já foi capitão da seleção russa de futebol.

Homessexuais russos lutam contra lei que proíbe "propaganda homossexual" Foto: Anton Vaganov / Reuters

O dirigente acredita que há chances remotas de algum turista ser enquadrado na lei que proíbe a "propaganda da homossexualidade a menores". "A lei se refere aos menores. Não consigo imaginar alguém entrando numa escola para falar sobre o assunto", declarou o ex-jogador do Chelsea.

As palavras do dirigente foram bem recebidas pela FARE network, ONG internacional que combate o racismo e a discriminação no futebol. "Ele deu algumas garantidas e acho que, no final das contas, isso é tudo o que todo mundo quer", declarou Piara Powar, diretor executivo da FARE. "As pessoas querem saber se podem vir aqui com segurança, se terão proteção."

A homossexualidade foi descriminalizada na Rússia em 1993, mas o preconceito segue forte no país. Em 2013, o governo aprovou uma lei para banir o que foi chamado de "propaganda da homossexualidade a menores", em 2013. A legislação foi muito criticada por proibir a realização de eventos de orgulho das minorias, caso da Parada Gay, por causa da provável presença de crianças nos locais públicos.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.