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Dudu: 'Atacante precisa ter mais de uma função'

Capitão alviverde na conquista do Brasileirão se reinventou em campo. ‘Tem de voltar para marcar, pensar o jogo’

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

Dudu acredita que os atacantes estão percorrendo o mesmo caminho dos zagueiros e volantes e aprendendo a realizar mais de uma função dentro de campo. Assim como os defensores têm de iniciar as jogadas ofensivas – Moisés e Tchê Tchê são os melhores exemplos do Campeonato Brasileiro –, os atacantes têm de pensar o jogo, criar e ir além da função de colocar a bola para dentro do gol. A trajetória do capitão é um exemplo disso.

Em 2015, ele foi decisivo para o Palmeiras no título da Copa do Brasil e terminou a temporada como artilheiro com 16 gols em 56 partidas. Neste ano, virou o maior garçom do Brasileirão ao lado de Gustavo Scarpa ao dar dez assistências.Em entrevista exclusiva ao Estado, o camisa 7 conta como conseguiu se reinventar, revela que está ajudando as famílias das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense e como planeja as férias em Goiânia. 

Dudu vai leiloar camisa para ajudar famílias dos jogadores da Chapecoense Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Você foi contratado para atuar como atacante e finalizar as jogadas. Neste ano, virou armador. Como foi essa mudança? Eu sempre joguei mais avançado, mas agora estou atuando um pouco mais recuado. Isso ajuda a olhar o jogo de outra maneira. Foi uma mudança importante para mim. Não vejo problemas em fazer as duas funções. Consegui mostrar que posso jogar para finalizar e também para armar as jogadas. A gente tem de aprender a se virar para fazer o que o treinador quer. Mais importante do que a posição é poder ajudar o Palmeiras.Você acha que melhorou dentro de campo? Acho que sim. A gente vê pelos números. Acho que os atacantes têm de aprender a fazer coisas diferentes. Não pode só finalizar. Tem de voltar para marcar, pensar o jogo, criar situações para os companheiros. A gente vê os volantes que saem para o jogo. Os atacantes também podem fazer várias funções. Fico feliz pela mudança e mais ainda por ter ajudado nessa trajetória até o título brasileiro. Espero que o próximo ano seja ainda melhor. Foi difícil mudar? A gente sempre passa por um período de adaptação, mas o meu foi bem curto. Eu tive o apoio do grupo. Os jogadores se ajudam muito dentro de campo e isso facilitou bastante. O Cuca também foi importante. Com isso, eu consegui me desenvolver. O que você prefere fazer: finalizar ou armar? A gente prefere fazer o que está dando certo (risos). No ano passado, deu certo jogar como atacante. Neste ano, eu me senti bem armando e dando alguns passes para os gols. O que espera do novo treinador? Tudo indica que será o Eduardo Baptista... Ainda não recebemos nenhuma informação. Posso jogar onde o treinador me escalar. Espero que o treinador que chegar possa fazer a escalação da melhor maneira.