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Dunga é favorito à vaga de Felipão no comando da seleção brasileira

Treinador na Copa 2010 pode voltar por indicação de Gilmar Rinaldi

Por Paulo Favero e Luiz Antônio Prósperi
Atualização:

Novo diretor de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi já decidiu o nome do sucessor de Luiz Felipe Scolari. Três treinadores estavam no páreo: Dunga, Tite e Muricy Ramalho, mas o comandante do Brasil na Copa do Mundo da África do Sul desponta como favorito. O anúncio oficial está previsto para terça-feira, na sede da CBF. O nome de Dunga ganhou força nesta sexta-feira. Dispensado após o Mundial de 2010, o treinador teria sido bem aceito por José Maria Marin, presidente da CBF, e pelo vice, Marco Polo Del Nero. Rinaldi e Dunga são amigos e jogaram juntos no Internacional e na seleção. Nas últimas semanas, Dunga foi alvo da Federação Venezuelana de Futebol (FVF), que gostaria de ter o treinador comandando sua seleção. A ideia de contratar um técnico estrangeiro partiu do presidente Nicolás Maduro, que queria o brasileiro ou o argentino Diego Maradona como comandante da seleção venezuelana. O político ofereceu respaldo financeiro e tratou de dar liberdade para a entidade negociar o acordo.

Federação Venezuelana de Futebol (FVF) gostaria de ter Dunga comandando sua seleção Foto: Alex Silva/Estadão

Com isso, Rafael Esquivel, presidente da FVF, conversou pessoalmente com Dunga durante a Copa do Mundo do Brasil e, nesse encontro informal, ocorrido em São Paulo, comunicou ao treinador o interesse da seleção venezuelana.

Desde o princípio Dunga não se mostrou muito animado. Ele quis saber de valores e, na continuação das negociações, a FVF enviou uma carta em português para o treinador dando mais detalhes da proposta.

Só que Dunga não chegou a dar uma resposta oficial e, cansada de esperar, a entidade anunciou na quinta-feira a contratação de Noel Sanvicente para substituir Cesar Farías, que comandou a seleção de 2007 até dezembro de 2013.

A informação de que Dunga havia sido convidado por Gilmar Rinaldi foi divulgada pela Rádio Jovem Pan nesta sexta-feira. Assim que o nome do treinador caiu nas redes sociais, a rejeição foi grande. No Twitter, a hashtag #xodunga ficou entre os

trending topics (assuntos mais comentados) do Brasil e foi uma das mais usadas em São Paulo.

Durante a Copa de 2010, na África do Sul, Dunga teve atritos com jornalistas da TV Globo, principal parceira da CBF nos direitos de transmissão dos jogos da seleção.

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MURICY EM DÚVIDA

 

Outro candidato ao cargo é Muricy Ramalho. Rinaldi tem boas relações com o São Paulo, clube que defendeu nos anos 80. Muricy, porém, não parece muito disposto a encarar a empreitada, caso seja convidado.

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"Não sei (sobre dirigir a seleção), eu me conheço bem, tem de ser mais ou menos o que eu penso do futebol. Tem algumas coisas que eu não aceito, e não sei, isso aí só vendo. Sou meio São Tomé, tenho de ver para crer. É uma experiência que nunca tive, só posso responder se um dia estiver lá", disse. "Eles têm de decidir lá, estou feliz no São Paulo, concentrado no que estou fazendo aqui."

Preferido pela torcida para assumir a seleção, segundo pesquisas, Tite ainda não se manifestou. O técnico optou por não trabalhar em clubes desde que deixou o Corinthians, em dezembro do ano passado.

Uma corrente na CBF não gostaria de ver Tite na seleção por sua estreita ligação com Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e desafeto de Marco Polo Del Nero, presidente eleito para assumir o comando da CBF em abril de 2015.

Leonardo, cotado para ser o diretor de seleções antes de Gilmar Rinaldi ser contratado, tem seu nome entre os especulados para a sucessão de Felipão. O ex-lateral foi treinador do Milan e da Inter de Milão e atuou como diretor executivo de futebol do Paris Saint-Germain.

Zico também foi bem mencionado nas pesquisas. Apareceu em segundo lugar, com 19%, no recente levantamento do Datafolha entre torcedores de todo o País. Com boa experiência na função de treinador, Zico, porém, não é dos que comungam com o jeito de governar de Marin e Del Nero na CBF.

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Sem muita força entre os candidatos, Vanderlei Luxemburgo não recebeu nenhuma sondagem de Rinaldi. Sem clube desde novembro do ano passado, Luxemburgo defende a tese de que o Brasil precisa valorizar as categorias de base.