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Dunga foi um dos mais emblemáticos capitães da seleção

Atual treinador levantou a taça do tetra em 1994

Por ALMIR LEITE E GONÇALO JUNIOR
Atualização:

Como jogador, Dunga foi um dos mais marcantes capitães da seleção brasileira. Um dos cinco que tiveram a honra de levantar a taça de campeão do mundo (1994, nos Estados Unidos), o então volante se destacou na função pelo modo duro como cobrava os juízes, companheiros de time e adversários e pela defesa fora de campo que fazia da seleção e do futebol brasileiro.

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Em 1995, por exemplo, durante a Copa América disputada no Uruguai, quando o Brasil venceu a Argentina nos pênaltis após um 2 a 2 no tempo normal em que Túlio ajeitou a bola com a mão antes de fazer o segundo gol da seleção, Dunga entrou na canela dos jornalistas argentinos, que reclamavam do 'roubo'. 'O Maradona fez um gol com a mão numa Copa do Mundo (em 1986, contra a Inglaterra) e não vi um argentino reclamando. Ao contrário, todos comemoraram como se fosse a coisa mais natural do mundo.'

Na sala de entrevista, os jornalistas argentinos emudeceram, ficaram pálidos, enquanto vários brasileiros aplaudiam Dunga.

O hoje treinador da seleção também passou do ponto algumas vezes. Na Copa de 1998, num jogo com o Marrocos (Brasil 3 a 0), ao reclamar de Bebeto que não voltou para ajudar a defender num lance de falta contra a seleção, disparou uma saraivada de palavrões e chegou a dar uma cabeçada do atacante.

A atitude foi bastante criticada por ex-jogadores e pela imprensa. 'Eu extrapolei', admitiu Dunga no dia seguinte. Mas não engoliu as críticas. No jogo em que veio a seguir, ele não abriu a boca contra os companheiros. Não cobrou, não orientou, limitou-se praticamente a tirar o 'cara e coroa'. Por ironia, o Brasil perdeu da Noruega por 2 a 1.

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