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Sob pressão, Dunga volta ao palco do tetra para Copa América

Com desfalques e sem brilho, seleção encara o Equador em estreia

Foto do author Almir Leite
Foto do author Gonçalo Junior
Por Almir Leite , Gonçalo Junior e enviados especiais a Los Angeles
Atualização:

A seleção brasileira estreia neste sábado na Copa América Centenário enfrentando o Equador no Rose Bowl, estádio que traz boas recordações para três integrantes da comissão técnica. Foi lá que Dunga, Gilmar Rinaldi e Taffarel comemoraram o título mundial em 1994. O técnico e o preparador de goleiros também estavam no Rose Bowl dez anos antes, quando a seleção conquistou a primeira medalha no futebol masculino em uma Olimpíada, uma prata.

No entanto, a seleção vai entrar em campo esta noite (23h de Brasília, 19h locais) numa circunstância bem diferente das anteriores. Em 1994, Taffarel brilhou na disputa por pênaltis contra a Itália e Dunga levantou a taça do tetra – Gilmar estava no banco. Dez anos antes, a derrota para a França teve sabor amargo. O outro lado da moeda, porém, é que jamais o Brasil havia sido no pódio olímpico do futebol e a prata foi até um resultado além do esperado para uma equipe montada em cima da hora e que teve como base o time do Internacional.

Dunga e Gilmar Rinaldi, campeões em 1994, retornam ao estádio da decisão Foto: Robyn Beck|AFP

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Agora não. Dunga chega à estreia sem a rigor ter conseguido montar o time, em parte por causa de problemas inesperados, como as contusões e problema particular que o levaram a fazer seis cortes no grupo. Alguns erros na convocação também foram cometidos. E a estrela, Neymar, não está com a companhia.

O fato é que Dunga chega à Copa América balançando no cargo, e a queda poderá ser inevitável em caso de insucesso – o que poderia levar junto Gilmar, o coordenador de seleção, e Taffarel. Mas ele espera que os bons fluídos do passado o ajudem a estrear bem contra a seleção considerada a mais difícil do grupo B (os equatorianos são vice-líderes das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa, com os mesmos 13 pontos do líder Uruguai).

O treinador tem evidentemente boas recordações do Rose Bowl. "Lembro de muitas coisas", disse Dunga em entrevista logo que chegou aos EUA. Sobretudo da decisão por pênaltis em 1994– ele foi um dos cobradores pelo Brasil e converteu seu chute. "É você contra o mundo, o planeta inteiro te assistindo e você não pode pedir ajuda de ninguém."

Ele tem usado a coincidência de estrear no palco da consagração em 1994 como argumento motivador para os jogadores. "O Dunga falou com a gente sobre a importância da conquista de 1994 e que jogaríamos no estádio do título", revelou o lateral-esquerdo Douglas Santos. "Ele disse que foi um marco importante na carreira e um fato que ficou marcado para sempre. Falou da emoção enorme de voltar ao palco onde tudo aconteceu."

Emoção que Taffarel não sabe se irá contagiá-lo. "Não vejo como nada de especial voltar ao Rose Bowl", disse ao Estado. "Vai ser legal, claro, mas a situação, a realidade é outra. É bom voltar lá, rever o lugar, mas não sei... Só na hora pra saber se vai emocionar."

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Já Gilmar não escondeu estar ansioso. Sua filha mora em Pasadena e ele passou algumas vezes pelo estádio. Agora, estará lá dentro de novo. "Vai ser bem legal voltar lá."

TIME

Longe de poder escalar o time que considera ideal, Dunga espera que o Brasil valorize a posse de bola e use a velocidade para transpor a defesa equatoriana esta noite. Miranda não deve jogar e Marquinhos será o substituto – Daniel Alves é o favorito a ser capitão. No meio de campo, Casemiro ganharia a posição mesmo que Luiz Gustavo não tivesse pedido dispensa. Jonas está confirmado no comando do ataque.

Ele considera o Equador apenas o primeiro dos adversários difíceis que a seleção terá pela frente. "Temos de estar muito atentos, mais concentrados e nos empenharmos mais no jogo", receita.

FICHA TÉCNICA

BRASIL X EQUADOR

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Gil e Filipe Luis; Casemiro, Elias, Renato Augusto, Willian e Phillipe Coutinho; Jonas. Técnico: Dunga

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EQUADOR: Dominguez (Dreer); Paredes, Achillier (Mina), Erazo e Ayoví; Noboa e Ramírez; Martínez, Bolaños e Montero; Valencia. Técnico: Gustavo Quinteros

Juiz: Julio Bascuñan (CHI)Local: Rose Bowl, em PasadenaHorário: 23h (de Brasília)Na TV: Globo e SporTV

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