A seleção brasileira se despede de Teresópolis (RJ) no final da manhã deste sábado sem ter sentido os efeitos da greve dos caminhoneiros - a delegação que vai à Copa do Mundo da Rússia não deixou em nenhum momento a Granja Comary, muito bem abastecida desde o início da semana. Mas o tema não escapou da conversa dos jogadores, como revelou nesta sexta-feira o lateral-esquerdo Filipe Luís. O jogador do Atlético de Madrid lamentou os transtornos à população e disse que "essas medidas que acontecem são necessárias".
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Filipe Luís foi questionado sobre o assunto depois de participar do último treinamento aberto da seleção, marcado por festa e tumulto. Apesar de se dizer reservado e avesso a polêmicas, ele não se furtou em responder. "Eu não quero me meter com política. Não gosto de falar, principalmente em público. Mas é claro que é um assunto que a gente conversa porque todos os dias, em qualquer mídia, em qualquer canal de televisão, está se falando nesse assunto", disse.
"É triste ver o seu país neste momento. Você quer que o país em que você nasceu, onde vivem seus familiares, seja um país bom e maravilhoso. Infelizmente essas medidas que acontecem são necessárias, mas são duras para a população", considerou o lateral-esquerdo, sem, no entanto, esclarecer sobre quais medidas se referia.
Na opinião dele, o Brasil tem condições de avançar e se tornar um país em que as pessoas "não queiram sair". "O que a gente quer e a gente espera é que tudo se solucione, que se possa ter uma vida melhor, que o Brasil possa chegar a ser um país de primeiro mundo. Eu não vejo como algo impossível. Estou fora há muitos anos e não vejo como não acontecer. Espero que o Brasil consiga evoluir, consiga melhorar, e que possa ser um lugar onde todos possam morar e que não queiram sair", declarou.