A segunda edição da Copa do Mundo já provou que esporte e política caminham juntos. Sem a poderosa seleção uruguaia, que boicotou a Copa por causa da ausência de vários países europeus quatro anos antes, a Itália teve seu caminho facilitado para alcançar o primeiro título mundial. Jogando em casa e sob o olhar atento do ditador Benito Mussolini, a Squadra Azzurra não deixou escapar a oportunidade.
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Mas não foi fácil. Depois de um início arrasador, com 7 a 1 sobre os Estados Unidos, a Itália sofreu muito em todos os jogos. Diante da Espanha, precisou de um jogo extra, no qual venceu por 1 a 0. O primeiro duelo terminara em 1 a 1.
Contra os austríacos, um duro 1 a 0. E na final frente aos checos, o triunfo só veio na prorrogação por 1 a 0, após empate por 1 a 1 nos 90 minutos. O “Duce” Mussolini não economizou sorrisos nos camarotes.
O goleiro italiano Gianpiero Combi, um dos melhores da época, pendurou as chuteiras no dia seguinte.
O Brasil, que tinha Leônidas da Silva, perdeu para a Espanha em sua única partida. Para aproveitar a viagem para a Itália, os dirigentes arrumaram uma excursão, com partidas em Belgrado, Zagreb, Barcelona, Lisboa e Porto.
FICHA TÉCNICA DA FINAL
ITÁLIA 2 x 1 TCHECOSLOVÁQUIA
ITÁLIA - Combi; Mauzeglio e Allemardi; Ferraris, Monti, Berolini e Guaita; Meazza, Schiavio, Ferrari e Orsi. Técnico: Vittorio Pozzo.
TCHECOSLOVÁQUIA – Planicka; Ctyroky e Zenisek; Krcil, Cambal e Kostalek; Puc, Nejedly, Sobotka, Svoboda e Junek. Técnico: Karel Petru.
GOLS - Puc aos 26 do primeiro tempo; Orsi aos 36 do segundo e Schiavio aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação.
JUIZ - Ivan Eklind (Suécia).
PÚBLICO - 55 mil.
DATA - 10 de junho de 1934.
LOCAL - Estádio Nacional de Roma.