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Especialistas divergem de pênalti no clássico de quarta

Lance entre Cristian e Júnior levanta dúvida até mesmo entre ex-árbitros e quem trabalha com o tema

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Por Agencia Estado
Atualização:

As discussões sobre a atuação do árbitro Wilson de Souza Mendonça no clássico São Paulo 2 x 1 Palmeiras, pela Copa Libertadores, na quarta-feira, não ficaram restritas às rodas de amigos e em papos de torcedor. Especialistas no assunto também divergem sobre o trabalho de Mendonça no jogo. ?Não foi pênalti de forma alguma. Foi um choque normal?, diz Gustavo Caetano Rogério, ex-árbitro e ex-diretor da escola de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, sobre o lance que originou o gol da vitória são-paulina (2 a 1), numa entrada de Cristian sobre Júnior. ?O jogador do Palmeiras foi no corpo do atleta do São Paulo. Pênalti?, rebate o ex-juiz Cláudio Vinícius Cerdeira. O lance mais reclamado pelos atletas palmeirenses foi o pênalti marcado nos minutos finais para o rival. Lance que começou com a bola batendo em Mendonça em jogada no ataque do Palmeiras, que resultou no contra-ataque tricolor. ?Aquilo foi um acidente?, diz Rogério. ?No pênalti, entendo que houve um empurrão e o jogador (Cristian) foi com muita força na jogada?, afirma Marcos Marinho, presidente da comissão de arbitragem da FPF, que inicialmente ficou em dúvida. ?Por uma imagem achei que não tinha sido nada, mas por outra vi a falta.? O ex-árbitro José Roberto Wright, comentarista de arbitragem da Rede Globo, é taxativo. ?Foi um pênalti claro, absurdo. O Cristian nem toca na bola, atropela o Júnior?, informa Wright, que não gostou de Mendonça no quesito disciplinar. ?Foi muito ruim. Teve lances que deveria dar cartões - como na falta do Marcinho Guerreiro no Leandro - e não fez nada.? Mas se Wright acha que o juiz acertou em dar pênalti para o São Paulo, errou em não marcar falta de Fabão em Washington, no 1º tempo, dentro da área. ?Foi pênalti.? Na jogada que originou o gol do Palmeiras, Wright acredita que Edmundo é quem fez falta em André Dias, não o contrário. ?Mas ele (Mendonça) errou e acertou para os dois lados. É o menos culpado pelo resultado do jogo?, explica Cerdeira. No fim da partida, o árbitro marcou um recuo de Fabão para Rogério Ceni, que pegou a bola com a mão. ?Não achei recuo intencional, diz Cerdeira, contrariado por Marinho, que definiu Mendonça como ?um árbitro detalhista e rigoroso.?

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